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Senadora se disse contra a união estável e ganhou a antipatia de entidades
Gays lançam ofensiva contra Marina e tentam politizar Parada em ano eleitoral
- A declaração não pegou bem na comunidade e posso falar por todas as organizações. Infelizmente ela não merece o voto de nem uma pessoa, familiar ou amigo LGBT. Isso é triste porque o Partido Verde sempre nos apoiou.
As declarações de Marina coincidem com a Parada Gay, que acontece neste domingo em São Paulo. O evento vai aproveitar o ano eleitoral para tentar politizar a luta do grupo e escolheu o tema “Vote contra a Homofobia, Defenda a Cidadania”. Os outros dois presidenciáveis José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), ao contrário da adversária, já se mostraram simpáticos à união estável.
Para o historiador e fundador do Grupo Gay da Bahia, Luiz Mott, as declarações colocam Marina Silva na “contramão da História”.
- Muitos países do mundo moderno aprovaram a união entre pessoas do mesmo sexo [...] Portugal acaba de aprovar. Então, ela é uma candidata que está na contramão da história.
Como no Brasil o termo “casamento” remete ao matrimônio religioso, o movimento LGBT usa a expressão união estável, que se refere ao reconhecimento legal da união por parte do Estado, o que está previsto no Projeto de Lei 4.914.
A questão é delicada porque se trata de uma das principais bandeiras do movimento, ao lado da criminalização da homofobia e do registro de nome para travestis e transexuais. Reis disse que uma pauta de reivindicações da comunidade LGBT será entregue aos presidenciáveis.
Bandeiras homossexuais
Os líderes da luta LGBT concordam que o movimento conseguiu avanços significativos nos últimos anos, mas que ainda falta mais interesse político por parte da comunidade. Para Luiz Mott há certa alienação por parte da comunidade gay, o que diminui o número de políticos que defendam as bandeiras homossexuais.
- O Brasil tem maior parada gay do mundo, mas não conseguimos eleger candidatos que representem nosso movimento. Se 10 % da parada votasse em candidatos LGBT, conseguiríamos elegê-los. Falta consciência política.
A opinião é partilhada pela travesti Fernanda Benvenutty, que já foi candidata a vereadora pelo PT por duas vezes e este ano vai pleitear um cargo de deputada estadual pela Paraíba.
- Meus principais eleitores eram heterossexuais [...] Os homossexuais ainda não estão empenhados na discussão. Percebo que há certo desinteresse por política partidária, porque a gente consegue levar milhões para uma parada, mas não consegue eleger candidatos LGBT.
Colaborou Érica Saboya, estagiária do R7
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