A pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, afirmou no começo da semana que é contra o casamento homossexual, mas se disse a favor da união civil entre pessoas do mesmo sexo.

Em entrevista ao UOL, Marina disse que não era "não favorável" ao casamento gay e afirmou não ter opinião final sobre a adoção de filhos por casais homossexuais.

"O casamento é uma instituição entre pessoas de sexos diferentes, uma instituição que foi pensada há milhares de anos para essa finalidade. Eu não tenho uma posição favorável", afirmou Marina.

Segundo ela, o casamento é um "sacramento" e, por isso, um relacionamento homossexual não pode ser enquadrado nessa categoria.

Marina justificou sua opinião por sua religião --ela é evangélica e frequenta a Assembleia de Deus. "Não vou fazer como alguns que, pressionados, mudam de opinião", escreveu na sua página Twitter.

Horas depois, para o site Terra, a senadora amenizou a declaração e afirmou que é a favor da união civil homossexual.

"É um direito [a união civil de bens] que as pessoas têm. Se as pessoas têm um patrimônio junto, por que não podem usufruir desse patrimônio? Se têm uma união estável, por que não podem ser beneficiários do mesmo plano de saúde?", afirmou Marina.

"Prefiro que o movimento gay olhe para mim e diga que a Marina nesse aspecto não pensa igual a mim", afirmou a senador, que não irá participar da Parada Gay, que acontece no próximo domingo em São Paulo.

Na entrevista ao UOL, Marina voltou a dizer que é contra a legalização da maconha e do aborto. No entanto, ela propôs dois plebiscitos sobre o assunto.

"Precisamos fazer um debate sério, estaremos fazendo uma grande discussão que envolve saúde pública, ética, assuntos morais", disse.