Reportagens do jornal “Estado de S. Paulo” revelaram gravações telefônicas e e-mails trocados entre Tuma Júnior e o suposto chefe da máfia chinesa de São Paulo, Li Kwok Kwen, conhecido como Paulo Li. As gravações foram interceptadas pela Polícia Federal durante investigação sobre contrabando. Paulo Li foi denunciado pelo Ministério Público Federal no fim do ano passado por formação de quadrilha e descaminho (contrabando). Ele está preso.
Tuma Júnior também foi gravado tentando utilizar o cargo para liberar supostas mercadorias apreendidas, conseguir a aprovação de um genro em um concurso público e até evitar a apreensão de dólares em posse de parentes de uma deputada estadual de São Paulo no aeroporto de Guarulhos.
Nesta segunda, Barreto anunciou ter recebido informações complementares da Polícia Feral sobre as denúncias que envolvem o secretário. Segundo nota divulgada pela assessoria do Ministério da Justiça, outras informações sobre o caso foram entregues ao ministro ainda na sexta-feira (7), quando ele estava em viagem à Argentina. Barreto se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes do encontro com Tuma Júnior, mas não revelou o teor da conversa.
‘Condenação moral’
Tuma Júnior nega ter cometido irregularidades. “Querem uma condenação moral, porque crime eu não cometi. E condenação moral não está prevista no Código Penal”, afirmou na tarde desta segunda.
Também nesta segunda, a Comissão de Ética Pública da Presidência da República abriu uma investigação preliminar para apurar a conduta Tuma Júnior. “A comissão resolveu instaurar o que chamamos de procedimento preliminar de apuração”, disse presidente da comissão, Sepúlveda Pertence.
Tuma disse ao G1 que apresentou pedido à Comissão de Ética Pública da Presidência da República para prestar depoimento sobre as denúncias de suposto envolvimento com a máfia chinesa de São Paulo e possível tráfico de influência.
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