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Concursos/Empregos
Terça - 30 de Março de 2010 às 13:25
Por: Patrícia Sanches

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A segunda etapa do concurso público do Tribunal de Justiça para preenchimento de 43 vagas de juiz substitutivo do Estado foi anulada nesta terça (30). A medida foi tomada após os membros da comissão do concurso, presidida pelo desembargador Rui Ramos Ribeiro, terem descoberto que "misteriosamente" 16 provas foram guardadas junto com o “arquivo inservível”, uma espécie de arquivo-morto, acabaram não corrigidas. Assim, para não haver questionamentos judiciais por parte dos candidatos e preservar a lisura do certame, a instituição decidiu anular a etapa. O processo seletivo ocorreu no início do mês. Ao todo, 343 pessoas concorreram aos cargos.

Segundo a assessoria do TJ, às 14h, Rui Ramos vai dar detalhes sobre o que ocorreu e os motivos que levaram a anulação da etapa. Na oportunidade, o desembargador vai anunciar também a nova data para realização da prova dissertativa, que consiste na confecção de duas sentenças, uma de natureza penal e outra civil, em dias consecutivos. A fase anulada era a segunda de uma série de seis etapas.

O problema na correção foi detectado no início desta terça, quando a direção realizava uma sessão pública no Plenário 2 do TJ para cruzar os dados das provas. Ocorre que para dar lisura ao processo a organização optou por não identificar os cadernos com os nomes dos concorrentes. Lá constava apenas uma etiqueta com um número de código de barra. Em outro envelope, ficaram os cartões dos candidatos. Na hora da correção não haveria como privilegiar ninguém. Foi exatamente neste cruzamento de dados que a comissão percebeu que existiam mais etiquetas do que cadernos de prova.

Chegou-se a cogitar “extravio” dos cadernos, mas depois eles foram localizados. A anulação da etapa, que poderia ser apenas um incidente da organização, deve ser polêmica, principalmente porque o TJ passa por um período tumultuado e de descrédito, após a aposentadoria compulsória de 11 desembargadores e a existência de denúncias e investigações sobre direcionamento de processos e venda de sentenças.





Fonte: RD News

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