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Meio Ambiente
Quinta - 04 de Fevereiro de 2010 às 13:53
Por: Maria Barbant

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De acordo com o secretário-adjunto de Qualidade Ambiental da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), Salatiel Araujo, se Mato Grosso mantiver a tendência de desflorestamento alcançada nos últimos cinco meses de 2009, poderá atingir no período de janeiro a julho de 2010 um novo recorde, chegando a quase 50% a menos de áreas desmatadas.

Segundo os dados divulgados esta semana (02.02) pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), nos meses de outubro e novembro de 2009, o desmatamento na Floresta Amazônica foi de 247,6 quilômetros quadrados, número 72,5% menor que o registrado em igual período do ano anterior (896 quilômetros quadrados). Já no quadrimestre agosto a novembro, o desmatamento da Amazônia caiu de 2.238 quilômetros quadrados, em 2008, para 1.144 quilômetros quadrados em 2009, uma redução de 49%.

Nos meses de agosto e novembro, a cobertura de nuvens na região foi de 17%, ou 14% menor do que os 31% registrados em 2008, permitindo maior visibilidade na observação dos satélites, o que segundo o secretário-adjunto faz com que os números apresentados em relação a Mato Grosso sejam bastante confiáveis. “Ao contrário dos demais estados, Mato Grosso apresentou nesses meses pouca cobertura de nuvens”.

O Pará liderou o ranking, com 108 quilômetros quadrados desmatados em outubro e novembro, mas com índice 60% abaixo do mesmo período do ano anterior. Em Mato Grosso, segundo colocado, foram devastados 50 quilômetros quadrados de floresta, mas o índice também caiu significativamente. O destaque negativo ficou por conta do Amazonas. Apesar de ostentar a menor taxa da região, o Estado registrou crescimento de mais de 200% no desmatamento nos meses de outubro e novembro.

Comparando-se outubro a novembro do ano passado, em Mato Grosso, a queda foi de 79,97% confirmando a tendência de diminuição da área desmatada no Estado em relação a 2008.

No acumulado do período que vai de agosto de 2009 a julho de 2010, nos meses de agosto a novembro (do ano passado) o desflorestamento atingiu 289, 4 quilômetros quadrados enquanto que no mesmo período em 2008 os satélites registraram 718 quilômetros quadrados. Uma queda de 59,69% de um ano para outro. Com base nesses números e extrapolando para os próximos meses (janeiro a julho de 2010) é que o secretário adjunto prevê até julho, uma média de 694,56 quilômetros de desmatamento (do tipo corte raso e degradação progressiva), bem abaixo dos 1.047 quilômetros registrados no último período.

ANÁLISE

Analises feitas pelos técnicos da Superintendência de Monitoramento de Indicadores Ambientais (SMIA), da Sema em relação aos dados do Deter de outubro e novembro de 2009) em comparação com o mesmo período de 2008, indicam que Mato Grosso vem fazendo o dever de casa.

Em outubro de 2008, foram registrados no estado 23.282,80 hectares de áreas desmatadas. No ano seguinte esse número caiu para 4.159,59 hectares desflorestados o que dá uma redução de 82,13%. Em novembro de 2008, foram 4.065,00 hectares desmatados e em novembro de 2009, com 832,62 hectares desmatados a redução foi de 79,52%.

Em relação a distribuição espacial dos dados do Deter, em outubro do ano passado dos4.159,59 hectares de áreas desmatadas 1.381,27 hectares foram em áreas cadastradas na Sema; 1.540,51 em áreas de assentamento e 1.208,99 em áreas não cadastradas.

Em novembro, dos 832,62 hectares de áreas desmatadas no estado 557,68 hectares estavam em áreas cadastradas na Sema; 264,15 em áreas de assentamento e 10,78 hectares em áreas não cadastradas.

No mês de outubro do ano passado, 633,37 hectares foram desmatados no município de Barra do Bugres; 464, 26 em Colniza e 435,62 em Apiacas. Já no mês de novembro, os municípios que mais desmataram foram Barra do Bugres, com 264,15 hectares desflorestados; Juara, com 213, 75 hectares e Comodoro, com 142, 76 hectares.

AÇÕES

Para Salatiel Araujo, a queda na área desmatada em Mato Grosso se deve às políticas publicas implementas pelos governos federal, estadual e municípios, além de intensificação nas ações de monitoramento e fiscalização.

Um bom termômetro dessa fase que o estado passa pode ser a economia. “Mato Grosso continua apresentando índices de crescimento econômico, enquanto a área desmatada está diminuindo”.






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