Clima já é de transição no governo do Estado

O governador Blairo Maggi (PR) e o vice-governador Silval Barbosa (PMDB) dividiram na tarde de ontem a condução da reunião da equipe de secretariado. Eles também unificaram os discursos em torno do pedido aos gestores para que tenham cuidados extremo em relação às contas das pastas.

Com a saída de Maggi em abril de 2010, para se dedicar a disputa ao Senado, Silval já convive com processo de transição do comando do Palácio Paiaguás. Há meses Maggi apela aos secretários no sentido de que tomem cuidado com as despesas. Tanto que chegou a determinar o enxugamento dos gastos supérfluos, caso do uso de telefone, energia elétrica, material de consumo e ainda despesas relacionadas a diárias.

No entanto, com a proximidade do fim do ano aumenta a “tensão” de Maggi, que espera repassar a administração para Silval com as constas em dia. Em suma, na tarde de ontem o governador repetiu o discurso de que nenhum gasto excedente deve ser repassado para o próximo ano.

O discurso foi reforçado pela solicitação de Silval para que a equipe de governo seja cautelosa em relação às despesas. Segundo o vice-governador, “devido às exigências da lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), existe preocupação para que nada seja deixado para 2010”. Segundo ele, a administração estadual ainda não realizou levantamento para verificar o resultado da economia que vem sendo seguida a pelo menos seis meses. No entanto, ressaltou que o governo confia na possibilidade de fechar o ano com todos os balanços financeiros em equilíbrio.

O vice-governador destacou ainda que seguirá, no próximo ano, o trabalho que vem sendo realizado pelo governador durante os dois mandatos. Nesse sentido, Silval acredita que não enfrentará dificuldades no plano econômico através da pela orçamentária estimada para 2010. A Lei Orçamentária anual (LOA) para 2010, da ordem de R$ 8,857 bilhões, tramita na Assembleia Legislativa e deve ser votada até o dia 22 de dezembro deste ano. (SF)