Jaime fala que não quer ser vice de Wilson Santos

O senador licenciado Jaime Campos (DEM) colocou o nome à disposição do partido para a disputa ao governo do Estado em 2010 e antecipa que não aceita ser vice de Wilson Santos (PSDB), caso uma coligação entre os 2 partidos defina que o tucano teria mais chances de chegar ao Palácio Paiaguás. Campos também não descarta que ambos podem disputar o cargo de governador, apesar da aliança proposta a nível nacional. "O DEM tem um projeto político para Mato Grosso, não um projeto de poder".

A definição do candidato, segundo Campos, vai ocorrer após consulta às bases do partido, discussão com a sociedade e pesquisas de intenção de voto, que serão feitas ano que vem. "Quem tiver mais chances na disputa será o candidato", diz Campos.

Embora a aproximação com o PSDB afaste cada vez mais o DEM do PR de Blairo Maggi, Campos não pretende adotar um discurso de oposição e entende que os deputados devem ter uma postura independente. Votar a favor do governo em projetos de interesse da sociedade e votar contra quando o assunto não atender esse objetivo.

Na avaliação de Campos, a principal diferença do projeto político do DEM e do atual governo é a questão social. Segundo Campos, o projeto político do DEM está amparado em ações de inclusão social, e na geração de emprego e renda para toda a população.

O deputado Dilceu Dal Bosco, líder do Democratas na Assembleia Legislativa, defende a candidatura de Jaime Campos ao governo e uma ampla aliança partidária para que esse projeto seja alcançado. Entre os partidos que poderiam compor essa aliança estão PSDB, PTB, PPS, PP, PSB e PV.

Como projeto pessoal, Dilceu diz que tentará a reeleição, para assumir pela 3ª vez um mandato de deputado, representando a região Norte do Estado. Sobre uma suposta postura de oposição ao atual governo, Dilceu garante que não existe nenhuma orientação do partido nesse sentido e que o DEM continua fazendo parte da base de sustentação do governo Blairo Maggi.

O deputado diz ainda que é cedo para discutir a posição da bancada em relação ao governo e que o período atual é de especulação.