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Politica Brasil
Sexta - 30 de Outubro de 2009 às 09:25

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Pressionado pelo PSDB, Guilherme Maluf se vê forçado a sair do muro. Ele passou a atacar o governo Blairo Maggi, que está no sétimo e penúltimo ano de mandato. A 11 meses das eleições, Maluf virou opositor após três anos com atuação light. Ex-vereador e ex-secretário de Saúde de Cuiabá, médico, empreiteiro e sócio do hospital privado Santa Rosa, ele é o único deputado que restou no PSDB. Em 2002, período em que o então tucano Dante de Oliveira (já falecido) ainda era governador, o partido tinha a maior bancada na Assembleia, com sete deputados: José Riva, Chico Daltro, Dilceu Dal Bosco, Pedro Satélite, Carlos Carlão, Renê Barbour e Alencar Soares. No pleito de 2006, já sem o comando do Estado, o tucanato "minguou". Só conquistou duas cadeiras, com Maluf e Chica Nunes. Agora, a 11 meses das eleições, a sigla tucana se contenta com Maluf, pois Chica pulou para o DEM.

O chamado "comitê da maldade" tem municiado o parlamentar de documentos e até de dossiê contra a administração estadual. Maluf conta com ajuda nos bastidores até de aliados do Palácio Paiaguás que, diante da expectativa do tucanato de reconquistar o poder, sob as asas do pré-candidato Wilson Santos, estão agindo com traição e conspirando contra a turma da botina, grupo ligado a Maggi.

Voz isolada na Assembleia, Maluf aponta como principal alvo a saúde pública. Está orientado a defender a gestão Santos, que enfrenta caos no setor e, por outro lado, cutucar a administração estadual. Na recém-criada CPI da Saúde para investigar a aplicação de recursos estaduais ao setor em Cuiabá, o tucano vai jogar pesado para carimbar o Estado como responsável pela crise, como se o prefeito e seu secretário Luiz Soares não fossem culpados pela situação.

Maluf critica o governo Maggi, por exemplo, por adquirir hospitais privados e não colocá-los em funcionamento, por não implantar na Capital uma unidade regional e o Hospital da Criança e por "enrolar" o projeto do hospital Metropolitano de Várzea Grande. Reclama também do que classifica de "pouca ajuda financeira" a Cuiabá. A esperança do deputado, que foi forçado a tomar posição e a contrapor o governo Maggi (PR), é de consolidar, com isso, seu projeto a reeleição. Resta saber se o tiro não vai sair pela culatra.





Fonte: RD News

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