Cidinho, Neldo, Dóia e Martinello vão se filiar ao PR na 3ª

Mesmo sob crise, sem pré-candidatura a governador e com desfiliações à vista, como do empresário Mauro Mendes, que abriu negociação com o PPS e com o PP, o Partido da República conseguiu cooptar novos líderes que vão aderir ao partido já como virtuais candidatos no pleito de 2010. Na próxima terça, numa solenidade programada para às 16h, no plenário Licínio Monteiro da Assembleia Legislativa, vão assinar ficha de filiação os secretários de Estado Neldo Egon (Desenvolvimento Rural) e José Aparecido dos Santos, o Cidinho (Projetos Estratégicos), além do presidente do Detran, Teodoro Lopes, o Dóia, e o empresário e ex-vice-prefeito de Lucas do Rio Verde, Osvaldo Martinello. Eles são oriundos do DEM, PSB e PPS.

Neldo e Cidinho vão desfalcar o Democratas, que caminha para ruptura com o governo Blairo Maggi e aliança com o PSDB do prefeito da Capital Wilson Santos, pré-candidato a governador. Dóia pediu desfiliação do PSB. Martinello, que foi vice do primeiro mandato do prefeito de Lucas do Rio Verde Marino Franz, pediu desligamento do PPS.

Os quatro chegam no PR para reforçar a chapa de pré-candidatos a deputado estadual. Destes, Neldo, que mora em Canarana, região do Araguaia, já viveu a experiência de tentar, sem êxito, vaga na AL. Cidinho foi prefeito de Nova Marilândia por três mandatos e presidiu a Associação Mato-Grossense dos Municípios por duas vezes. No início deste ano, ele passou a integrar o staff do governo Maggi, de quem é amigo pessoal. Cidinho cuida também dos chamados consórcios rodoviários e dos arranjos produtivos, projetos desenvolvimento em parceria com as prefeituras.

O ato de terça deve contar com a presença do governador. Será uma forma dos republicanos mostrarem força política. O PR conta hoje com 33 prefeitos, 17 vice, 228 vereadores, seis deputados estaduais e dois federais e mais o comando do Paiaguás, com Maggi. O partido só não sofreu grandes desfalques devido ao advento da lei pró-fidelidade, que prevê perda do mandato daquele ocupante de cargo eletivo que vier a se desfiliar. O deputado federal e presidente do PR, Wellington Fagundes, é o único do partido a encarar projeto majoritário. É pré-candidato a senador. Quanto à sucessão estadual, o partido, sob orientação de Maggi, deve apoiar o nome do peemedebista Silval Barbosa.