PDT vê em Pivetta chances de "reviver" governo Dante

Quinze anos após deixar o governo do Estado, o Partido Democrático Trabalhista de Mato Grosso volta a sustentar projeto de candidatura própria em direção ao Palácio Paiaguás. O partido chegou a assumir o poder com o então governador Dante de Oliveira, em 1995, e vê novamente outra chance com o deputado estadual Otaviano Pivetta, presidente regional do partido, que já manifestou interesse em disputar o cargo. O parlamentar tem, inclusive, o apoio do presidente do diretório da legenda em Cuiabá, Mário Márcio Torres, com quem, recentemente, trocou farpas e acusações mútuas. “Se ele (Pivetta) tiver mesmo o interesse, o partido deve marchar unido. Absolutamente nada impede”, declara Torres, um dos fundadores do PDT no Estado.

O presidente municipal vê em Pivetta o sonho do seu partido ter candidatura própria mais uma vez, deixando de lado qualquer resquício de intriga ou mágoa ainda existente. “É uma meta a candidatura própria, está sacramentada. Por isso eu abraço e comemoro”, afirma. Para Torres, nem mesmo uma candidatura do atual prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), faria com que os pedetistas recuassem com a candidatura própria, apesar da sigla fazer parte do grupo aliado do prefeito da Capital. “Ele (Wilson) é uma amigo”, resume.

No entanto, o dirigente municipal deixa escapar que a sugestão de candidatura própria já tinha sido feita a Pivetta. No entanto, segundo Torres, o deputado teria dito que não era a “hora do PDT”. Nos bastidores, sabe-se que o clima entre os dois ainda é acirrado. O embate entre eles começou no ano passado com as eleições municipais. Torres apoiava o prefeito Wilson Santos, o que ia contra as determinações da direção estadual. O PDT existe em Mato Grosso desde 1980 e, conforme informações do diretório regional, cerca de 10 mil pessoas são filiadas ao partido no Estado, oriundas de 80 diretórios municipais.