Fortes é um dos 17 ministros a sair; Rodrigo deve assumir

Dos 35 ministros do governo do presidente Lula, ao menos 17 estão dispostos a concorrer às eleições gerais de 2010. Entre eles estão a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), que pretende encarar a corrida ao Palácio do Planalto; Carlos Minc, que está de olho na cadeira de deputado estadual pelo Rio; e Márcio Fortes (PP), pré-candidato a senador, também pelo Rio. No caso de Fortes, se este se desincompatibilizar para entrar no embate eleitoral, a tendência é que o mato-grossense Rodrigo Figueiredo venha a comandar o Ministério das Cidades. Ele responde pelo cargo de secretário-executivo e é o substituto imediato do ministro. Já comandou a pasta por várias vezes.

Temendo muitos desfalques, Lula tenta convencer a maioria dos auxiliares para permanecer no posto. A preocupação do presidente é ter quase metade da equipe de governo substituída a oito meses do fim do mandato, informa o Jornal do Brasil.

Com a saída de Fortes, Figueiredo, que nasceu em Cuiabá e é filho do ex-deputado Milton Figueiredo (já falecido), conduziria o Ministério de abril a dezembro de 2010. Nos bastidores, ele já se articula para isso. Conta com apoio da bancada do PP tanto no Senado quanto na Câmara e de líderes do PR fora de Brasília, como do governador mato-grossense Blairo Maggi. O próprio presidente nacional do PP, senador Francisco Dornelles (RJ), tem defendido a candidatura de Márcio Fortes, inclusive numa aliança com o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB) e, para substituí-lo no Ministério, o nome de Rodrigo Figueiredo.

Ele seria o sexto mato-grossense a ocupar cargo de ministro. O Estado já teve no primeiro escalão do governo federal Joaquim Murtinho (Fazenda), Eurico Dutra (Guerra, hoje Éxército), Wilson Fadul (Saúde), Anisio Botelho (Aeronáutica), Roberto Campos (Planejamento) e Gilmar Ferreira Mendes (Advogacia-Geral da União e hoje presidente do STF) e Dante de Oliveira (Reforma Agrária).