Silval Barbosa "cola" em Maggi e enfrenta briga no PMDB

O vice-governador Silval Barbosa, responsável por manter uma banda do PMDB "colada" ao governador Blairo Maggi (PR), continua no muro. De um lado, ele se esforça para manter fidelidade a Maggi, na expectativa de virar governador a partir de abril do próximo ano, já que o chefe do Executivo tende a renunciar ao mandato para concorrer ao Senado. De outro, Silval se sente acuado pela direção do PMDB no sentido de desgrudar da turma da botina e buscar projeto próprio.

Perguntado sobre qual será o caminho do PMDB rumo ao pleito de 2010, Silval disse que a tendência é consolidar projeto próprio, inclusive com seu nome à sucessão estadual. Pondera, em seguida, que esse acordo precisa ser construído dentro do arco de alianças, considerando as conjunturas nacional e estadual.

Em outras palavras, o vice-governador deseja mesmo é disputar o Palácio Paiaguás com Maggi no palanque e com aval do cacique peemedebista, deputado Carlos Bezerra, que está determinado a levar o partido para o bloco de oposição. "O PMDB colocou meu nome, mas tendo em vista o convite da Executiva do PR para abrir para uma conversa, vamos, sim, buscar o diálogo, inclusive com todos os aliados", diz Silval, em entrevista para o RDNews.

Na avaliação do vice-governador, o ideal é que os principais partidos coloquem seus nomes como pré-candidatos majoritários e, a partir daí, abram discussão com vistas a melhor escolha. Cita que o DEM trabalha para governador o nome do senador Jayme Campos; o PT sinaliza com Carlos Abicalil; o PP com o presidente da Assembléia José Riva; o PDT com Otaviano Pivetta; e o PSB com Valtenir Pereira, além do PR com Sérgio Ricardo ou Mauro Mendes.

Enquanto o quadro político continua confuso, Silval segue agradando a todos. Acende uma vela para Deus e outra para o Diabo. Ex-prefeito de Matupá e ex-deputado por dois mandatos, Silval não é de entrar em conflitos. Ouve calado, por exemplo, discursos duro de Bezerra e do prefeito de Rondonópolis, Zé do Pátio, em defesa da ruptura com o governo Maggi.