Serys se diz contrária a janela para troca de partido

A senadora Serys Marli (PT/MT) se posicionou contrária a idéia de uma janela temporal para que os detentores de mandatos eletivos possam então trocar de partido. "Sou contra, mas voto com o meu partido e pelo que me consta não há uma decisão a respeito deste assunto", disse ela lembrando que historicamente o PT sempre defendeu a fidelidade partidária e não mudará sua postura.

Para ela, em se criando uma janela de lapso temporal, "a fidelidade se torna infiel, ou seja, não existe uma motivação para que se exija algo que de tempos em tempos será possível desrespeitar por conveniências político partidárias", acrescentou a senadora do PT, que tem defendido que o partido tenha candidatura própria em 2010 na sucessão do governador Blairo Maggi (PR) que tem o apoio institucional do Partido dos Trabalhadores e do próprio presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Serys Marli condenou a brecha na legislação que alguns defendem, lembrando que se isso for mantido a cada três anos, "automaticamente a fidelidade deixa de existir, pois em julgados a Justiça Eleitoral já consagrou a fidelidade partidária", explica ela, convicta de que este tipo de proposta serve apenas para tumultuar as discussões da reforma política que não anda, se encontra emperrada no Congresso Nacional.

A senadora reconheceu como importante que seja levado em consideração todas as propostas que tratam da reforma política, inclusive as que pedem um plebiscito para se decidir questões de reeleição, fidelidade partidária, tempo de mandatos e outras exigências que estão no dia a dia da política e não são adotadas por uma de uma legislação específica para o assunto.

A petista lembrou que este ano de 2009 será importante no Congresso Nacional para se dirimir questões polêmicas como a Reforma Política e disse que muitas coisas precisariam sem mais amplamente discutidas com a sociedade de uma maneira em geral.