Presidente do DEM-MT diz que aliança com o PR vai além de 2010

O Partido Democrata – DEM – não demonstra nenhum interesse em deixar a base aliada do governador Blairo Maggi e muito menos a vontade em romper com a administração estadual agora e iniciar uma campanha visando voltar ao poder, que perdeu em 1994, quando o governador era o hoje senador Jaime Campos.

Primeiro foi o deputado estadual Gilmar Fabris, que em entrevista exclusiva para o portal de noticias 24 Horas News afirmou que não via com bons olhos a iniciativa de um rompimento. Agora é a vez do presidente estadual do partido, Oscar Ribeiro, afirmar que o DEM não rompe, não deixa a aliança e que a união com o governo continua sólida.

Nem mesmo as constantes reclamações do senador Jaime Campos contra a administração Blairo Maggi e muito menos a decisão do PR em afirmar que terá candidatura própria vem provocando a possibilidade de ruptura entre as duas siglas. O governador, sempre que pode, dá sinais de que a união continua estável e que a aliança será mantida para o pleito de 2010. E agora ganha o apoio do presidente Democrata, que defende a candidatura do senador Jaime Campos, mas antes de tudo uma aliança entre as forças que hoje comandam Mato Grosso.

Oscar Ribeiro sabe que o governador quer fazer seu sucessor o economista Luiz Antônio Pagot, hoje diretor-geral do Dnit – Departamento Nacional de Infra-Estrutura Terreste. Entretanto, defende que o candidato do grupo seja aquele que estiver melhor nas pesquisas no início de 2010. “Acho normal que todos os partidos queiram ter candidaturas próprias. Isso é fundamental para que possamos manter viva a condição partidária”, explica para concluir que: “entretanto, devemos pensar em ganhar a eleição”. Para isso ele defende que o candidato seja quem estiver melhor na preferência do eleitorado. “Vamos continuar defendendo o nome do nosso senador, assim como o PR vai defender uma candidatura própria. Mas o ideal e buscar quem estiver com maior visibilidade. E tenho certeza que quando chegar a hora da indicação do nome da aliança, o PR vai aceitar o nome do senador se ele estiver melhor”, avalia, lembrando que já está na hora do Democratas ser cabeça de chapa. “Apoiamos o governador Blairo Maggi nas suas duas vitórias. Fomos fundamentais. Está na hora dele pagar este apoio”.

Com relação a disputa interna do PR entre Luis Antônio Pagot e o deputado estadual e presidente da Assembléia Legislativa Sérgio Ricardo, que querem ser pré-candidatos dos republicanos, Oscar Ribeiro diz que não interfere. Segundo ele é um problema do PR. Também não quis falar muito sobre a possibilidade do senador Jaime Campos desistir de sua candidatura para apoiar Sérgio Ricardo conforme divulgam alguns jornais da Capital. Diz desconhecer tal assunto. “Não vamos discutir nomes, vamos discutir projetos”, ressalta, lembrando que a aliança terá de ser formada com os quatro principais partidos do Estado, PR, DEM, PP e PMDB. "Temos um projeto que foi colocado para a população e está sendo avaliado. Se for o melhor, por que não dar continuidade?", pondera.