Rondonópolis: Se cassado, Pátio pode disputar; Sachetti recua

O deputado e prefeito eleito de Rondonópolis, Zé do Pátio (PMDB), caso venha a ter o registro cassado pela Justiça Eleitoral, poderá concorrer novamente ao pleito na hipótese de haver outra eleição. Ocorre que a representação assinada por três promotores não pede a inelegibilidade do peemedebista, diferente do que ocorreu com Mauro Mendes (PR), candidato derrotado a prefeito de Cuiabá. Em sentença, o republicano teve o registro cassado e ainda foi declarado inelegível pelos próximos três anos.

Como em toda a sua campanha eleitoral, Pátio não teve grande estrutura, ao contrário do adversário, prefeito Adilton Sachetti (PR), a acusação de que o peemedebista teria comprado voto acabou expondo o Ministério Público, principalmente após a reação do prefeito eleito de "carimbar" o trabalho investigatório do MPE como parcial. Em meio a dramas e lamentações num município onde a política partidária aflora e ganha clima de guerra, Pátio se passa de vítima.

Numa nova eleição, a tendência é que ele venha a impor uma maior vantagem nas urnas. Pátio conquistou 51.775 votos. Já o prefeito Adilton Sachetti, que teve 46.975 votos, não quer saber mais de encarar as urnas. Se deu por vencido. Ele tem dito aos assessores mais próximos que o cenário não seria favorável.

Em almoço com a bancada de deputados do PR na segunda (24), o governador Blairo Maggi avisou que o seu afilhado político Adilton Sachetti não será candidato pelo partido, caso venha ocorrer novo pleito em Rondonópolis. Como bateu duro pela reeleição de Sachetti e disparou críticas duras ao adversário Zé do Pátio, Maggi acabou por enfrentar desgaste sem precedentes, conforme mostram pesquisas internas e, diante disso, decidiu também não mais comentar o processo eleitoral de Rondonópolis. Resolveu colocar um ponto final na discussão.

Uma das possibilidades da turma da botina apoiar para prefeito numa eventual nova eleição será o nome do ex-prefeito Percival Muniz (PPS), que, nos bastidores, virou cabo eleitoral de Sachetti na reta final da campanha.