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Politica Brasil
Terça - 18 de Novembro de 2008 às 14:36
Por: Raoni Ricci

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Passado o período de eleição, em que a Câmara dos Vereadores de Cuiabá ficou praticamente às moscas, com ausência de muitos parlamentares, a situação agora muda totalmente. É de se admirar a pontualidade e freqüência dos nossos representantes na casa de leis. Mas o final do “recesso branco” na Câmara tem um motivo claro e de interesse de todos os vereadores, a eleição da mesa diretora, que acontece no dia primeiro de janeiro de 2009. Situação e oposição estão se articulando nos bastidores para definir os nomes que comandaram a casa e o seu “gordo”, orçamento nos próximos dois anos. A cobiça é muito grande, afinal o duodécimo do legislativo cuiabano é de R$ 1,6 milhões por mês. Os gastos mensais da Câmara giram em torno de R$ 500 mil.

A eleição da mesa diretora é um fato político interessante e acumula passagens históricas. Na atual disputa para o comando da casa a partir de 2009 surgiram muitos nomes, com de costume, mas agora estão colocados os quatro considerados mais fortes. Os concorrentes são Clovis Hugueney (PTB), Lueci Ramos (PSDB) e Edivá Alves (PSDB), todos da base aliada do prefeito reeleito de Cuiabá, o tucano Wilson Santos. Do lado da oposição aparece apenas o nome de Chico Vuolo (PR), que tem como grande aliado o atual presidente da Câmara, Lutero Ponce (PMDB).

São muitos nomes, porém na reta final a disputa estará afunilada entre Vuolo e um nome da situação, que, segundo fontes dos corredores do legislativo, deve ser mesmo o petebista Clovis, que vem se fortalecendo, correndo por fora. “O nome de Hugueney está forte, porque Lueci é considerada um azarão, um balão de ensaio, embora tenha gente grande por trás dela. Edivá é uma importante liderança de Wilson, mas não aglutina, não constrói. Então no final é Vuolo e Clovis”, revela um analista político.

Agora o que deve definir mesmo essa briga é a pré-disposição do prefeito de Cuiabá em querer ou não garantir a mesa diretora. Na última eleição Wilson perdeu a eleição, com a presidência caindo nas mãos do opositor Lutero. “Se o prefeito quiser a Câmara o Clovis tem grande chance, mas se Wilson não interferir Vuolo será o presidente”, analisa.

Nos últimos anos, a eleição mesa tem oferecido episódios marcantes. Em 2004, onze novos vereadores foram eleitos. Empolgados, se fecharam em um grupo e adotaram um discurso de moralização da Câmara. “Lembro que eram seguidas reuniões fechadas, em chácaras, todos pregando uma limpeza moral e ética. De repente, a influente Chica Nunes entrou na conversa, contornou a situação e levou dois do PP com ela. Resultado, Chica presidente da Câmara. Em 2007 a situação se repete. Um grupo de vereadores chegava a dizer que ia tirar o que chamavam de “essa corja” da mesa, muito blá blá blá, no final das contas, Luis Poção (PP) virou a casaca. Resultado, deu Lutero como presidente”, conta o analista político.





Fonte: 24 Horas News

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