Segurança pública ficará com R$ 34 mi a menos

O orçamento para o exercício de 2009 que prevê receitas e gastos do governo do Estado aponta certas disparidades nos números. Algumas pastas terão menos recursos, enquanto outras registram dotação elevada. A secretaria de Justiça e Segurança Pública, sob o delegado federal Diógenes Curado, terá um orçamento 5% menos.

A Sejusp, que possui aproximadamente 6,5 mil homens apenas nos quadros da Polícia Militar, contará com R$ 584,4 milhões. Trata-se da segunda maior fatia da estrutura da máquina estadual, mas representa uma redução orçamentária de R$ 34,5 milhões. A dotação para este ano é de R$ 618,9 milhões. Enquanto isso, a secretaria de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social, sob Terezinha Maggi, primeira-dama e esposa do governador Blairo Maggi, registra aumento de cerca de 40% no orçamento. Neste ano, a Setecs trabalha com R$ 21,2 milhões. Já para 2009 a previsão é de R$ 29,1 milhões, ou seja, R$ 7,9 milhões a mais.

A segurança pública é um dos setores mais criticados do governo. Maggi enfrentou recentemente a greve dos agentes prisionais e investigadores da Polícia Civil descontentes com o piso salarial. A pasta é alvo de críticas de deputados e de vários segmentos sociais, principalmente por causa dos índices de violência. Anúncio do Fórum Brasileiro de Segurança revela, por exemplo, que entre 2006 e 2007 os investimentos em segurança pública no Estado sofreram queda de 11,9%.

(19h) - Orçamento não será menor, garante Novacki

O secretário-chefe da Casa Civil, major Eumar Novacki, que estava nesta quarta em San Diego, Estado da Califórnia, em encontro internacional de Chefes de Polícia, garantiu que o orçamento da Sejusp não vai sofrer redução, mesmo a peça orçamentária já estando praticamente pronta. O OGE-2009 estima R$ 34,5 milhões a menos se comparado ao orçamento deste ano. Como o projeto não foi apreciado ainda pela Assembléia, há tempo para mudanças. Novacki, que segue para Nova York e retorna a Mato Grosso no domingo, afirma que a pasta conduzida por Diógenes Curado manterá orçamento igual ou maior ao atual.