Deputada Chica e esposo acusados de compra de votos em Barão; veja foto

A deputada estadual Chica Nunes estaria promovendo pressão sobre funcionários públicos e praticando o aliciamento de eleitores em Barão de Melgaço, em benefício da campanha do seu esposo Marcelo Ribeiro (PP), que concorre à prefeitura daquele município.

A denúncia foi protocolada na segunda-feira, 23/09 no Ministério Público e na Superintendência da Polícia Federal pela coligação Muda Barão, encabeçada pelo empresário Antônio Ribeiro Torres, assinado pelos dirigentes municipais do Partido dos Trabalhadores, Juscelino de Moura e por João Rafael Monteiro do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Funcionários da Prefeitura e outros cabos eleitorais ligados a deputada estariam inclusive controlando as fichas de atendimento médico no PSF da cidade, para beneficiar Marcelo, que é apoiado pelo atual prefeito Ibson Leite.

No ofício encaminhado as autoridades eles citam que “nos últimos dias a deputada e seu esposo Marcelo Ribeiro vêm utilizando da prática de coação a eleitores e lideranças, provocando um clima de instabilidade política, já que a atitude do casal vem desencadeando reações adversas por parte de outros grupos políticos e de setores da população, o que coloca sob risco a lisura do processo eleitoral e até a segurança das pessoas”. O documento foi enviado também ao desembargador Leônidas Monteiro, presidente do TRE e ao Juiz da Comarca de Santo Antônio de Leverger, Lídio Modesto, responsável pela eleição naquele município. A coligação encabeçada pelo empresário Antônio Ribeiro Torres pede providências das autoridades no sentido de promover uma fiscalização mais rigorosa para que as eleições possam transcorrer dentro da Lei e da ordem. “Queremos que o eleitor tenha a liberdade de escolher seu candidato sem sofrer pressão ou qualquer tipo de ameaça”, diz Torres.

O município de Barão de Melgaço, com um dos piores IDH’s (Índices de Desenvolvimento Humano) do país, nas últimas décadas amarga o triste histórico de compra e venda de votos. Isso, segundo os dirigentes destes partidos, vem prejudicando o desenvolvimento do município e submetendo sua população a um retrocesso no campo social e econômico. “Basta ver a situação do único hospital. É precário não tem um centro cirúrgico e sequer funciona com serviço de raio-x”, diz Rafael, lembrando que a cidade também não conta com nenhuma agência bancária. A preocupação dos dirigentes político se baseiam ainda no fato de que Barão tem apenas um destacamento da Polícia Militar com dois soldados para dar segurança no imenso território de mais de 11 mil quilômetros quadrados. A delegacia que responde pela cidade fica sediada no município visinho, Santo Antônio de Leverger a quase 100 quilômetros de distância.