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Politica Brasil
Sexta - 11 de Abril de 2008 às 13:01
Por: Maria Nascimento

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Para o prefeito de Arenápolis, Rogaciano Oliveira, a presença da AL na região demonstra a seriedade com que os deputados estão tratando dos problemas da sociedade

Realizar audiência -no menor prazo possível- com o secretário de Segurança Pública, Diógenes Curado, para mostrar as deficiências e discutir o que, efetivamente, o estado pode fazer para barrar a onda de criminalidade que assola a região; a formação de um Grupo de Gerenciamento Integrado (GGI) e discussão com o Governo do Estado sobre a adoção de políticas de diminuição das desigualdades regionais, de geração de emprego e renda e de melhoria da educação. São ações que a Assembléia Legislativa vai desenvolver, nos próximos dias, na tentativa de somar esforços para conter a onda de violência - marcada por altos índices do uso de drogas e de assaltos a residências - nos 16 municípios que compõem a região do médio norte mato-grossense.

Elas foram sugeridas na noite desta quinta-feira (10), em audiência pública realizada no município de Arenápolis (286 quilômetros de Cuiabá) e que discutiu a Segurança Pública na região. Estiveram presentes, deputados estaduais, prefeitos, vereadores, representantes das Polícias Federal, Civil e Militar-, de Clubes de Serviços, Sindicatos, Associações, Agremiações de estudantes secundaristas e universitários, e populares, muitos deles, vítimas dessa onda de criminalidade.

A participação popular revelou uma realidade preocupante. Os deputados José Riva (PP), José Domingos (DEM) e Wagner Ramos (PR) ouviram um verdadeiro pedido de socorro daquela população. A gravidade é tanta que um dos moradores, o vereador Paulo Souza (PR de Nortelândia), chegou a sugerir às três corporações presentes: policias Civil, Militar e Federal -, que desenvolvam “uma operação conjunta padrão com pelos menos 100 homens para vasculhar o médio norte e descobrir onde se escondem os criminosos”.

O pedido dele, e de outros seis presentes que deram seus depoimentos, aponta para o principal problema, a falta de efetivo, também agravado pela falta de armas e viaturas. Entre as ações registradas, nas cidades, em oito de março em Arenápolis, Maria Benedita Santos, conhecida como Mariquinha do buffet, chegou em casa após uma noite de trabalho e encontrou um desconhecido. Gritou, foi socorrida pelos vizinhos, ligou para a polícia durante toda a madrugada e não teve sua ocorrência atendida. Os policiais, dois apenas a cada plantão para uma população de cerca de 10 mil habitantes, faziam outras diligências, também atendendo vítimas de assaltos.

Antes disso, no final de dezembro, a moradora Maria das Graças Souza Santos Mendes, do bairro Vila Nova em Arenápolis, saiu para trabalhar, logo pela manhã, deixando sua filha de 19 anos dormindo. Ao acordar, a jovem, cujo nome não foi revelado pela mãe, foi surpreendida por um desconhecido. Ao reagir, sofreu espancamentos. Como na maioria dos casos, o bandido fugiu levando pertences da família e até hoje, não se sabe quem era.

Os presentes a audiência, concluíram que não adianta, em longo prazo, apenas melhorar a estrutura das polícias, “é preciso que paralelo ao aumento do efetivo e do trabalho da repressão, seja desenvolvida, pelo governo, uma política de infra-estrutura, logística, emprego e renda e de melhoria da educação, como forma de evitar a criminalidade, a longo prazo, nas 16 cidades.

O primeiro-secretário da Assembléia Legislativa, José Riva, reforçou o pedido de adoção dessa política de diminuição das desigualdades regionais e resumiu o entendimento do parlamento nesta questão. “Não adianta tratar a questão da segurança de forma isolada. Ela não depende de armamento e nem de viaturas, ela cresce a medida que falta educação. Temos que aceitar que houve uma regressão social em Mato Grosso. Quanto mais pobre a região, menor presença do governo ela tem. Enquanto houver essas desigualdades vamos continuar criando nichos de pobreza e de riquezas”, disse.

Para o prefeito de Arenápolis, Rogaciano Oliveira, a presença da AL na região demonstra a seriedade com que os deputados estão tratando dos problemas da sociedade. Segundo ele “a audiência pública deve desencadear ações para resolver os problemas e era isso que o povo da região esperava dos seus representantes”.





Fonte: Assessoria/AL

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