Efeito 2010 dificulta acordo e distancia DEM e PR

De olho nas eleições gerais de 2010, DEM e PR já começam a se distanciar em plena pré-campanha às eleições municipais deste ano. Em reunião nesta segunda (7), das 9h às 11h, na sede do PR regional, o presidente da agremiação republicana Moisés Sachetti e o dirigente do Democratas, Oscar Ribeiro, não chegaram a nenhum entendimento sobre política de alianças.

Primeiro, Sachetti foi logo dizendo que o candidato do PR ao Palácio Paiaguás em 2010 será Luiz Antonio Pagot, atual diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit). Até o ano passado Pagot era o trator do governo Blairo Maggi, seu padrinho político e ex-patrão. Não só coordenou as duas campanhas vitoriosas de Maggi a governador (em 2002 e 2006) como foi secretário de Infra-Estrutura, Casa Civil e Educação. O próprio Pagot já anunciou ao PR que pretende disputar a sucessão de Maggi.

Assim como Sachetti, o conselheiro aposentado do Tribunal de Contas, Oscar Ribeiro, também endureceu o discurso. Disse que o DEM (ex-PFL) terá em 2010 o senador Jaime Campos como candidato a governador. Jaime foi prefeito de Várzea Grande por três mandatos e já comandou o Estado (91/94).

Como tanto o PR quanto o DEM trabalham projeto próprio, Sachetti e Oscar nem avançaram nas conversações porque qualquer entendimento agora em tormo de alianças pode vir a ser desfeito já nas convenções de junho deste ano, visando as eleições municipais. Em Cuiabá, por exemplo, o PR prepara o empresário Mauro Mendes para a disputa a prefeito, enquanto o DEM insiste no lançamento do nome da ex-vice-governadora Iraci França. A reunião durou duas horas. Foi só blá-blá-blá.