''Infiel'', vereador diz que convite para secretaria motivou saída do DEM

Alvo de processo de infidelidade partidária no Tribunal Regional Eleitoral, o vereador Deucimar Aparecido da Silva (Cuiabá), que deixou o DEM e migrou para o PP, sustentou nesta quarta-feira, em depoimento, que o fato de ter recusado o convite para assumir uma secretaria motivou os democratas a ignorá-lo, já que não abriria vaga para a suplente Márcia Campos, que é irmã do senador Jaime Campos (DEM), cacique da legenda.

Silva se desfiliou do DEM em 1º de outubro último, data posterior à fixada pelo Tribunal Superior Eleitoral como limite, -- 27 de março de 2007 deve ser utilizada como divisor na aplicação da regra da fidelidade partidária e aquele que trocou ou trocar de legenda a partir desta data está ameaçado a perder o mandato para o partido político.

O vereador admitiu ter pedido, na condição de secretário-geral do diretório do DEM na Capital, ao juízo da 1ª zona eleitoral em 24 de julho uma lista dos filiados ao partido. Isto é, ele ainda ocupava um posto que lhe conferia credibilidade dentro da própria sigla até meados do ano passado. O parlamentar também sustentou que “poderia vir a ter muitas dificuldades para conseguir sua reeleição”.