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Politica Brasil
Segunda - 21 de Janeiro de 2008 às 18:52
Por: RENATA GIRALDI

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A disputa entre o PT e o PMDB por nomeações em cargos-chave do setor energético será sem alarde. As duas legendas querem evitar o clima público de discórdia, mas não pretendem abrir mão de suas indicações.

O líder do PT na Câmara, Luiz Sérgio (RJ), disse nesta segunda-feira que não há partido que solitariamente seja capaz de montar um quadro técnico suficiente. "Ninguém sozinho tem quadros para compor um só time. O PT não pode ficar satisfeito com uma eventual retirada dos seus quadros do setor elétrico, seria um dissenso", afirmou Luiz Sérgio.

Sem querer entrar em conflito com o novo ministro Edison Lobão (Minas e Energia), o petista sinalizou que seu partido não aceitará substituir os nomes que já compõem o setor energético. Levantamento da Folha mostrou que existem pelo menos 30 petistas em cargos-chave, incluindo secretarias especiais, diretorias de estatais e a coordenação do programa "Luz para Todos".

Luiz Sérgio destacou que não há "clima" para crise porque o ministro compreenderá que existe espaço tanto para as indicações do PMDB, como também para as do PT. "Não vislumbro aí crise. O que o PT quer é ser compreendido e mostrar que nos seus quadros têm nomes técnicos e com suporte, como deseja o ministro", disse.

Em seguida, o petista afirmou que acredita haver "espaço suficiente para o PT e o PMDB no setor energético".

PT e PMDB planejam fazer indicações para cargos da Eletrobrás, Eletronorte, Eletrosul e Furnas. Nos bastidores, os peemedebistas tentam agir para diminuir a força política e a influência da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) no setor.

Dilma conseguiu convencer Lobão a nomear Márcio Zimmermann para a secretaria-executiva --segundo principal cargo no ministério. Agora, o PMDB quer indicar Astrogildo Quental para a presidência da Eletrobras no lugar do petista Valter Cardeal ---indicado por Dilma.

Para o PT, é fundamental manter Cardeal e também nomear Nelson Hubner, ex-ministro interino de Minas e Energia, para um cargo-chave. Para a presidência da Eletronorte uma das possibilidade é o peemedebista Lívio Assis.

No entanto, o líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), optou por um discurso de trégua para minimizar a disputa e evitar o confronto explícito. "Não existe porteira fechada no Ministério de Minas e Energia. Existe parceria e a aliança é com o governo federal", disse ele.

"Se o PMDB ocupar 50% dos cargos já é bastante. Não há necessidade de indicar todos os cargos", afirmou Raupp.




Fonte: Folha Online

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