Ponte não aguenta esperar por Vilceu e desaba

Uma ponte de madeira na MT-403 sobre o rio da Casca, ligando Chapada dos Guimarães a Nova Brasilândia, não aguentou esperar pela "agilidade" do secretário estadual de Infra-Estrutura, Vilceu Marchetti. Caiu neste sábado. Não suposto a carga de caminhão, que está dentro do rio. O motorista não sofreu ferimentos graves. A ponte não só ligava os dois municípios, mas abria acesso a várias comunidades rurais chapadenses. Agora, tudo está isolado.

Não é de hoje que a Sinfra tinha sido alertada sobre a falta de estrutura da ponte. Em julho, um relatório da própria secretaria de Marchetti já apontava o perigo de desabá-la a qualquer momento. O estudo foi realizado a pedido da Prefeitura de Chapada, que após tomar conhecimento do risco pediu providências ao governo do Estado, tanto em relação à ponte sobre o rio do Casca (a 45 km da cidade), quanto à ponte da cachoeira Rica. A solicitação era para reconstruir as duas. A obra está orçada em R$ 173 mil. A ponte que caiu possuía extensão de 25 metros, com estrutura de madeira e seriam necessários R$ 103 mil para reformá-la.

“O governo iniciaria essa reforma na próxima semana. Os técnicos estiveram na região, mas a ponte caiu antes das obras iniciarem”, informa o secretário de Obras de Chapada, Osmar Froner de Melo. Ele explica que a prefeitura não tem competência legal para reformar as pontes e coube, então, fazer cobrança ao Estado. O máximo que fez foi sinalizar as rodovias com placas, ressaltando que o tráfego nelas não poderia superar a 10 toneladas.

Cerca de 500 famílias e algumas empresas, como a Chapada Brasil Mineração e a Hortatec (Flores da Chapada), terão agora de utilizar um caminho alternativo. Essa opção aumentará o itinerário em cerca de 15 km porque precisa atravessar o rio do Casca via balsa pela MT-20 e, assim, ter acesso ao município de Chapada. O trafego de veículos nessa região é relativamente grande, principalmente pela utilização de caminhões para escoamento da safra e ônibus escolares.