Na AL, secretário responde a críticas sobre MT + 2004

Secretário de Estado de Planejamento, Yênes Magalhães afirmou nesta quinta-feira, em resposta às críticas disparadas contra o Plano de Desenvolvimento para Mato Grosso, o “MT + 20”, que o documento foi elaborado a partir de um “sentimento” provocado pela idéia de divisão do Estado em 2002.

Segundo ele, trata-se de um relatório baseado em um seminário no qual a própria população apontou a falta de representatividade política e coronelismo. “O mais importante é a propositura. Faltou usar ‘mais’ à palavra ‘representação’. Não foi dirigida a nenhum deputado, mas faltavam representantes que levassem mais recursos (aos municípios)”.

A administração estadual lançou o MT + 20 no final de julho e estima investimentos da ordem de R$ 356 bilhões para o cumprimento dos “macro-objetivos” e “metas globais” em 20 anos.

Primeiro-secretário da Assembléia Legislativa, o deputado estadual José Riva (PP) chegou a dizer que o “estudo” deveria ser jogado no lixo. Recentemente, ele disse que o secretário admitiu ter havido erro no material do MT + 20. “Ele (Yênes) admitiu que não tinha lido”, disse.

Assim como o pepista, que reclamou do diagnóstico apresentado em relação à sua base eleitoral (região de Juara), o deputado Dilceu Dal Bosco (DEM) também criticou as expressões utilizadas no material, em referência ao coronelismo, falta de representatividade política e até corrupção na região de Sinop.

“Cada um tem a sua opinião. O projeto não foi elaborado pelo Executivo, mas pela sociedade civil organizada, através da contratação de uma empresa de consultoria. Talvez a população tenha se expressado no sentido de querer mais representação. É sempre assim, em Rondonópolis é a mesma coisa. Eles têm o governador, três deputados e ainda querem mais”, constatou o governador Blairo Maggi (PR), dias atrás.

Yênes Magalhães compareceu à AL hoje para tratar do Plano Plurianual 2008-2011 e da Lei Orçamentária Anual. Na tribuna, nenhum dos deputados se manifestou acerca do MT + 20.