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Politica Brasil
Terça - 02 de Outubro de 2007 às 19:15

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A mensagem de indicação do economista Luiz Antonio Pagot para a chefia do Dnit (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transporte) passou raspando na sessão da tarde desta terça-feira no Senado. Ele precisava de uma maioria simples, isto é, 41 votos. Conquistou 42 favoráveis, 24 contra.

Para que ele assuma um dos mais importantes setores do governo federal, que cuida das estradas de todo país e conta com orçamento anual de cerca de R$ 10 bilhões, resta agora que a medida seja avalizada pela presidente Lula, um defensor da nomeação de Pagot. Isso pode ocorrer ainda nesta semana.

Alas do PSDB e do DEM resistiam à idéia da nomeação de Pagot há pelo menos quatro meses. Os tucanos tentaram impedir a indicação de Pagot, com o argumento de que o ex-secretário de Estado em Mato Grosso, havia ocupado cargo de assessor parlamentar no Senado por oito anos e, ao mesmo tempo, comandado a Hermasa Navegações, empresa com escritório em Itacoatiara, interior do Amazonas.

O senador Mário Couto (PSDB-PA), tentou barrar a votação, mas a manobra fora rechaçada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Couto quis mostrar ao Senado um requerimento que questionava suposta irregularidade praticada por Pagot, enquanto assessor parlamentar do senador Jonas Pinheiro (1995-2002).

Renan disse que a Comissão de Transporte do Senado já havia debatido o assunto e que a Corregedoria do Senado havia apurado o caso e não teria enxergado nenhuma irregularidade acerca da nomeação de Pagot.

O senador paraense disse que Pagot “morava no Leblon (RJ)”, quando era assessor de Jonas e empregado da Hermasa, no Amazonas. “Isso que é trabalhador. Ele consegue trabalhar em dois lugares ao mesmo tempo. E olha que um emprego fica 1,5 mil quilômetros do outro e ainda morava no Leblon”, ironizou.

Mário Couto disse isso logo após o senador Jonas Pinheiro dizer que Pagot atuava sim em seu gabinete e quer era um “homem trabalhador”.

O PSDB se manteve firme na oposição. Antes da votação, ciente da derrota, o líder tucano, senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), usou a Tribuna e disse que seu partido irá fiscalizar cada passo de Pagot no órgão e que já dispunha de 20 assinaturas para abrir a CPI do Dnit.

Já o DEM, partido de oposição a Lula e que em conjunto com o PSDB impediu por duas vezes a votação de Pagot há duas semanas, liberou sua bancada a votar de acordo com a consciência.

As duas legendas evitaram desta vez o expediente da obstrução da votação em razão de um acordo firmado na semana passada com o líder do governo, senador Homero Jucá (PMDB-RR).

Apesar da aprovação da mensagem que indicou Pagot, ficou evidente a resistência sobre o ex-secretário de MT. Logo após sua votação, o Senado aprovou por boa margem (50 a 9) a indicação do ex-diretor da Polícia Federal Paulo Lacerda para o comando da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).




Fonte: Midia News

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