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Politica Brasil
Segunda - 01 de Outubro de 2007 às 17:58
Por: Jaime Neto

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Esta semana promete ser agitada para o governador Blairo Maggi (PR). Nesta terça-feira, no Senado, ele acredita que o seu afilhado político, o ex-secretário Luiz Antônio Pagot, terá sua indicação para a direção-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes) aprovada após quase 6 meses de costura política. Já na quarta, dia 3, Maggi trata da renegociação da dívida em Brasília e no sábado, dia 6, viaja para a Europa.

Todos estes temas foram tratados nesta segunda-feira no Palácio Paiaguás em um almoço promovido por Maggi a jornalistas que cobrem as áreas de política e economia.

Sobre Pagot, o governador disse que tem a garantia dos principais líderes partidários no Senado de que a votação em Plenário para aprovação ou rejeição da nomeação ao Dnit ocorrerá nesta terça-feira.

O imbróglio envolvendo o ex-secretário já dura cerca de 6 meses. Nas duas últimas tentativas de votar a nomeação de Pagot não houve quorum em razão de uma estratégia política montada pelo DEM e o PSDB, partidos de oposição ao governo e que pressionam a queda de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado, aliado de Lula.

“Amanhã (02) haverá uma definição. Conversei com o líder do governo, senador Homero Jucá (PMDB-RR) e ele acredita na votação. Falei com o líder do DEM, José Agripino (RN) que garantiu que o partido não vai obstruir a votação”, afirmou, confiante, informando em seguida que o senador Jonas Pinheiro (DEM-MT) espera contar com o apoio integral dos 17 senadores da sigla que na semana passada se aliou aos tucanos para impedir a votação sobre Pagot.

Para aprovar a nomeação ao Dnit bastam 41 votos, ou seja, maioria simples.

DÍVIDA

Maggi informou também que vai tratar na quarta-feira, em Brasília, da renegociação da dívida de Mato Grosso. Ele terá reunião na Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e deverá falar do assunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O governador negocia a transferência para bancos privados de uma dívida de R$ 4,8 bilhões que o Estado tem com a União. O projeto é considerado inovador no País.

A dívida de Mato Grosso está negociada com a União até 2027. O Estado paga perto de R$ 52 milhões por mês. Pelo projeto, o Estado alongaria a dívida de 20 para 30 anos e as parcelas seriam fixas por mês. Hoje, o percentual de pagamento está relacionado à arrecadação estadual.

Segundo Maggi, com o acordo, Mato Grosso passaria a dever aos bancos. A vantagem, de acordo com ele, é que as parcelas seriam fixas e nos primeiros 6 anos o Estado pagaria R$ 15 milhões ao mês e criaria um fundo destinado a obras de infra-estrutura. Após este período, o valor voltaria à casa dos R$ 52 milhões. Pelo acordo atual, o valor da parcela aumenta se o Estado ampliar sua arrecadação.

Para os bancos privados, segundo o governo, o ganho viria com juros de até 10,5% ao ano. A proposta se concluída terá, no entanto, que ter o aval da Comissão de Economia do Senado Federal e a Assembléia Legislativa tem que alterar uma lei para permitir a operação.

VIAGEM

No final de semana, dia 6, Maggi e uma comitiva de representantes da Famato e Aprosoja, viajam a Europa. A primeira escala será na Rússia. O grupo vai se reunir com setores do governo local para tratar da exportação de carnes. A Rússia é um parceiro comercial de peso de Mato Grosso na negociação de carnes bovinas e suínas. “80% da carne suína que o Estado exporta tem como endereço a Rússia e sempre há alguns entraves nestas negociações que vamos procurar superá-los”, disse Maggi.

O governador vai ainda a Alemanha, Holanda e Bélgica. O retorno está prevista para o dia 20.





Fonte: Midia News

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