50% dos deputados na AL já mudaram de sigla

Nada menos que 50% dos atuais deputados estaduais, incluindo os suplentes que estão hoje na cadeira dos titulares, já trocaram de partido. Alguns mudaram por mais de quatro vezes, como o ex-prefeito de Cuiabá Roberto França, que nesta sexta ingressa no DEM. Mesmo sob a interpretação do Tribunal Superior Eleitoral de que o parlamentar que ferir a fidelidade partidária, ou seja, que trocar de sigla pela qual foi eleita, corre risco de perder o mandato, muitos não demonstram a mínima preocupação nesse sentido. Pulam de siglas conforme a conveniência e o interesse pessoal.

O deputado licenciado e secretário de Saúde da Capital, Guilherme Maluf, troca o PSDB pelo PMDB na próxima quarta (3). Nos bastidores, ele vive a expectativa de compor chapa como candidato a vice-prefeito de Cuiabá do colega tucano Wilson Santos, que vai à reeleição no próximo ano. Walter Rabello saiu do PMDB e foi para o PP, também para ganhar condições políticas como candidato a prefeito de Cuiabá e apoio de José Riva, que está no quinto partido - começou no extinto PDS, foi para PMN, PSDB, PTB e, por fim, o PP.

Outro que também migrou para o PP para concorrer a prefeito foi Maksuês Leite. Em 2004, ele disputou a sucessão em Várzea Grande pelo PDT. De lá para cá, teve uma passagem relâmpago pelo PMDB e vai à eleição de novo, agora pelo Partido Progressista. O presidente da Assembléia, Sérgio Ricardo, trocou de agremiação partidária quatro vezes num intervalo de oito anos (PMN, PFL, PPS e PR), assim como Humberto Bosaipo (PFL, PL, PPS e DEM) e Percival Muniz (PMDB, PSB, PSDB e PPS).

Por enquanto, se mantêm firmes em seus partidos de origem os seguintes deputados: Zé do Pátio, Adalto de Freitas, o Daltinho, e Juarez Costa (os 3 do PMDB), José Domingos e Wallace Guimarães (ambos do DEM, que surgiu com o fim do PFL), os petistas Alexandre Cesar, Ademir Brunetto e Ságuas Moraes, além de Chica Nunes e Carlos Avalone (os 2 do PSDB), Júnior Chaveiro (PMN) e Chico Galindo (PTB).