Rossi se diz indignado e agenda até entrevista

"Estou indignado. Não esperava tanto". Foi o que disse o ex-deputado federal Lino Rossi, ao descer do camburão e entrar na superintendência da Polícia Federal, em Cuiabá, às 17h15 desta terça. Ele foi preso um dia antes no aeroporto de Brasília. Rossi é acusado de envolvimento com a máfia dos sanguessugas, mas sua prisão, conforme despacho do juiz federal Jeferson Schineider, se deu porque o ex-parlamentar não estava sendo localizado no endereço oficial para ser notificado pelos oficiais de Justiça.

Escoltado por agentes da Polícia Federal e algemado, Rossi disse estar convicto de que nesta quarta, após a sua oitiva na Justiça Federal, marcada para às 14h, deverá ser libertado. A confiança é tanta na liberdade que chegou a anunciar que dará uma entrevista coletiva. Ele nega que estivesse "driblando" a Justiça e tampouco usando de manobra para postergar as investigações nos processos nos quais figura como réu. Explica que viajou a Brasília para acompanhar de perto um filho que está internado no hospital Sara Kubitschek.

O ex-deputado vai ser interrogado pelo delegado federal Diógenes Curado, que preside os inquéritos sobre os esquemas de superfaturamento de compras de ambulâncias com recursos de emendas parlamentares. Em seguida, será conduzido para a Polinter. Nesta quarta, Rossi se apresenta ao juiz Schineider.