Criticado pelo tucanato, Maggi diz que existe 'enrolação' sobre BID/ Pantanal

Apontado pelo tucanato como um dos responsáveis pela extinção do programa BID/ Pantanal, o governador Blairo Maggi (PR) afirmou nesta semana que “existe uma grande enrolação sobre o tema”. Questionado sobre a contrapartida do Estado e dos municípios para investimentos em saneamento básico, Maggi informou que o BID/ Pantanal não previa recursos para o setor.

“O que existe é uma grande enrolação sobre esse assunto. Não havia recursos do BID Pantanal para fazer saneamento básico em Cuiabá e Várzea Grande”, afirmou, em entrevista à TV Assembléia.

“Haviam recursos de U$ 25 milhões para fazer a hidrometração da cidade de Cuiabá. Nunca devolvi dinheiro do BID, nunca foram previstos U$ 200 milhões. A primeira verba aprovada era de U$ 63 milhões, a maioria para consultoria. Tinha mais dinheiro para saber ‘como’ fazer o cascalhamento das estradas do que para fazer estradas”, criticou.

De acordo com Maggi, U$ 5 milhões teriam sido disponibilizados para a hidrometração na Capital e nenhum centavo para Várzea Grande. “Você vê como era a política em Mato Grosso”, alfinetou.

Na última terça-feira em Mato Grosso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou R$ 574,5 milhões para obras de saneamento e urbanização a serem realizadas em Rondonópolis, Cuiabá, Várzea Grande e Sinop, conforme prevê o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Em 2005, o ex-governador Dante de Oliveira (PSDB) lamentou a postura dos governos Lula e Maggi. Segundo ele, ambos não entenderam a “magnitude e a importância" do programa que seria financiado com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento.