Maggi descarta possíveis mudanças na Sema antes do encerramento da CPI

O governador Blairo Maggi (PR) afirmou nesta quarta-feira que vai aguardar o encerramento da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente) para determinar mudanças na pasta. Uma das propostas já discutidas pelos membros da comissão, instalada na Assembléia Legislativa em 16 de julho, é a criação de uma secretaria-adjunta administrativa.

“Vou aguardar as sugestões da CPI e depois tomarei decisões. Se vai haver mudança no fluxo de documentos ou a criação de uma subsecretaria, verei isso ao final dos trabalhos (da CPI). Quando eu receber o relatório, vou avaliá-lo”, afirmou Maggi, acrescentando que não tomou conhecimento da performance do secretário Luís Henrique Daldegan em depoimento à CPI ontem.

“Fui um dos apoiadores da CPI justamente para obter uma opinião de fora, de quem não está no dia-a-dia dentro da Sema”, complementou Maggi, descartando novamente a possibilidade de substituir o secretário. Antes da instalação da CPI, os parlamentares consultaram o governador.

Daldegan deve encaminhar, no prazo de cinco dias, informações que não conseguiu apresentar ontem aos deputados em sessão que durou cerca de quatro horas. Presidida pelo deputado José Riva (PP), a CPI formulou 80 quesitos.

A última operação policial, “Guilhotina”, deflagrada para combater crimes ambientais motivou a instalação da comissão. Sob o discurso de que pretendem “destravar” a Sema, os parlamentares questionam inclusive as acusações que pesam contra madeireiros e proprietários de terras, supostamente envolvidos em um esquema de fraudes que também teria a participação de engenheiros florestais e servidores públicos.

A CPI vai ouvir os acusados, especialmente proprietários rurais e madeireiros, na próxima sexta-feira em Sinop (500 km de Cuiabá), já que eles seriam os principais afetados pelos "problemas" da Sema. Um dos pontos centrais é a morosidade na concessão de licenças ambientais.