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Politica Brasil
Quinta - 12 de Julho de 2007 às 09:16
Por: Rubens de Souza

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A possibilidade de falta de quorum levou o senador Marconi Perillo (PSDB-GO), presidente da Comissão de Serviços de Infra-Estrutura do Senado Federal, a cancelar nesta quinta-feira a sabatina do economista Luís Antônio Pagot para o cargo de diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura Terrestre (Dnit). O Senado retomará suas atividades em 1º de agosto. A decisão foi tomada ainda na noite de quarta-feira, após a votação da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) – ocorrida sob a pressão do caso Renan Calheiros.

“Oficialmente, o Senado entrou de recesso após a votação dessa matéria” – informou Perillo, através de um assessor. Apesar disso, a medida pegou todos de surpresa. Pagot chegou no Senado para a sabatina e foi informado que o adiamento havia sido decidido pelo presidente da comissão. "Chegamos aqui e havia a informação do cancelamento da sabatina” - disse. O governador Blairo Maggi também se encontra em Brasília desde a noite de quarta-feira, articulando a indicação.

Na semana passada, a Comissão de Infra-Estrutura havia adiada a indicação por causa de um pedido de vistas formulado pelo senador Mario Couto (PSDB-PA). Na ocasião, o senador paraense justificou sua iniciativa mencionando o fato de Pagot ter trabalhado simultaneamente no Senado no período de 1995 a 2002 e na empresa de Navegação Ermasa, de Itacoatiara, Pará. No final de semana, o jornal “Folha de S.Paulo” chegou a publicar informações com base em um relatório elaborado pela Assembléia Legislativa indicando favorecimento a empreiteira de um amigo. Pagot negou veementemente.

Mesmo tendo sido marcada a audiência, durante todo a quarta-feira ainda pairavam dúvidas se haveria a sabatina. Segundo o jornal “Diário de Cuiabá”, uma nova articulação do senador Mário Couto, em conjunto com o senador Jefferson Peres (PDT-AM), tentava adiar novamente os questionamentos a Pagot na Comissão. Ambos apresentaram requerimento voltando a baila a questão da duplicidade de função de Pagot e também questionando o fato da reunião da comissão ser sempre às terça-feiras.

Pelas contas da bancada federal de Mato Grosso, Pagot necessitaria de apenas dois votos para ter seu nome homologado para o cargo. A Comissão tem atualmente 22 membros; o 23º era Joaquim Roriz (PMDB-DF), que renunciou ao mandato para evitar a cassação dos seus direitos políticos. Pagot conta com apoio de 10 senadores. Na comissão, oito são contra e quatro estão indecisos.





Fonte: 24 Horas News

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