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Politica Brasil
Quarta - 13 de Junho de 2007 às 19:32

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A Câmara dos Deputados decidiu adiar para a semana que vem a votação da reforma política no plenário da Casa. Diante da divisão das bancadas partidárias sobre a lista fechada --um dos pontos da reforma--, o relator do projeto, deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), decidiu pedir o adiamento da votação.

Os líderes partidários haviam fechado acordo para colocar em votação, além da lista fechada, o financiamento público das campanhas eleitorais e a fidelidade partidária. A bancada do PSDB, no entanto, fechou hoje questão contra as listas fechadas --o que pesou na decisão de adiar a votação da reforma uma vez que a bancada reúne 57 deputados.

"Foi uma puxada de tapete. A retirada do apoio do PSDB alterou o resultado. Não vamos para a votação sem fazer uma verificação dentro dos partidos", disse o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), relator do projeto da reforma política.

Além do impasse dentro dos partidos sobre a reforma, o número elevado de emendas também prejudicou a votação da reforma. Caiado vai pedir à Mesa Diretora da Câmara o prazo de 24 horas para apresentar um novo substitutivo ao projeto da reforma.

O relator recebeu mais de 250 emendas ao projeto, o que na sua opinião merece maior reflexão sobre as mudanças. "Apesar de todo o meu esforço, não dei conta de concluir o relatório. Mas temos que votar a reforma política. O que alguns [contrários à lista fechada] estão comemorando é vitória de Pirro", criticou Caiado.

O plenário da Câmara já havia sinalizado que deveria rejeitar a mudança para listas fechadas ao rejeitar requerimento que encerrava a discussão sobre o tema. Os deputados contrários à mudança avaliaram que, se a proposta fosse colocada em votação tarde da noite, o plenário estaria esvaziado --o que dificultaria a aprovação da reforma. Por isso, conseguiram impedir o fim da discussão.

Impasse

O voto em listas fechadas se tornou o maior impasse para a votação da reforma política na Câmara. Ele determina ao eleitor votar no partido, e não mais no candidato.

Pelo projeto da reforma política, nas eleições para deputado federal, estadual e vereador o eleitor dará seu voto a um partido --e a legenda vai elaborar lista com aqueles que devem ser eleitos de acordo com o número de vagas nas Câmaras federal, estadual ou de vereadores.

O projeto estabelece que as listas deverão ser submetidas à convenção nacional da legenda para serem aprovadas --com o objetivo de tornar mais transparente a escolha dos candidatos.





Fonte: Folha Online

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