Denúncia aponta mais R$ 20 mi de superfaturamento

Denúncia aponta R$ 20 mi a mais Parecer da Câmara de Sinop revela superfaturamento na obra de rede de esgoto, que seria construída pela empresa baiana Gautama O prefeito de Sinop, Nilson Leitão, que está preso, se preparava para iniciar a obra Da Redação Além da gravação que supostamente mostraria recebendo propina o ex-secretário de Meio Ambiente de Sinop, Jair Pessini, pesa contra o prefeito Nilson Leitão (PSDB) parecer da Câmara Municipal de Vereadores que aponta superfaturamento de aproximadamente R$ 20 milhões na obra de rede de esgoto da cidade, que seria construída pela empresa baiana Gautama. De acordo com o parecer que já se encontra em poder da Polícia Federal, a obra custa R$ 27 milhões mas tem o valor previsto de R$ 46 milhões na licitação que a Gautama venceu. O superfaturamento foi apontado em 2005 pela Câmara de Vereadores e contou com avaliação de outra empresa do setor. Mesmo assim, os parlamentares aprovaram o convênio à época. Há suspeita de que a fraude teria objetivo de patrocinar propina de R$ 200 mil para Nilson. O procurador de Sinop, Astor Reinheimmer, garante que a concorrência pública em que a Gautama se consagrou vencedora através do Consórcio Xingu foi fiscalizada por todos os órgãos competentes, como a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável por financiar R$ 38 milhões para a obra. Os outros R$ 8 milhões seriam dados pelo município."Se fosse irregular, não teriam sido aprovados o projeto e a licitação. Vale lembrar que o dinheiro não foi liberado", afirma Astor. A liberação do dinheiro da obra seria assinada nesta quarta-feira (23), mas será suspensa por causa do escândalo. Contra o prefeito de Sinop, preso na quinta-feira durante a Operação Navalha, pesa ainda a gravação de uma imagem que mostra Jair Pessini entrando em um hotel de Brasília e saindo com uma pasta que levaria propina para Nilson Leitão. Após sair do hotel, Pessini foi direto ao aeroporto de Brasília, onde estava Nilson Leitão embarcando de volta para Mato Grosso.