Executiva do PMDB analisa independência

A executiva regional do PMDB deverá se reunir, ainda esta semana, para analisar a proposta do deputado José Carlos de Pátio para o partido assumir uma postura de independência em relação ao governo Maggi. "O PMDB está sendo desrespeitado e não pode mais ficar sendo humilhado", ponderou. A sua posição tem o apoio do deputado Walter Rabelo, que, em respeito ao vice-governador Silval Barbosa, é contra o partido ir para a oposição. Os deputados Adalto de Freitas e Juarez Costa, que é vice-líder do governo na Assembléia Legislativa, são cautelosos em tratar do assunto.

"O Silval Barbosa, que é uma das nossas principais lideranças, deverá assumir o trabalho de coordenação do PMDB visando as eleições de 2008", argumentou Pátio. Segundo ele ,a agremiação terá candidatos próprios nas principais cidades de Mato Grosso já voltados para as eleições estaduais de 2010, quando o partido pretende ter novamente candidato ao governo do Estado. "Ele tem tudo para ser esse candidato", observou.

Tanto Zé do Pátio como Walter Rabello asseguram que defendem a independência do PMDB em razão do "descaso do governador com o partido". "Não é por que o PMDB está fora do primeiro escalão, mas a forma que vem sendo tratado", enfatizaram. Os dois lembraram que, primeiro, o governador havia comunicado que o partido iria ficar com a Secretaria de Educação e, depois, a Infra-Estrutura. "Agora, nós ficamos sabendo, pela imprensa, que não vamos ficar com nenhuma pasta", criticou Rabello. Na reunião com a bancada, antes de viajar para os Estados Unidos, Maggi, de acordo com o parlamentar, assegurou que o PMDB iria ocupar uma Secretaria.

Mas esse sentimento contra o tratamento dispensado ao PMDB ecoa fortemente no diretório regional. Numa reunião informal, realizada neste início de semana, envolvendo as principais lideranças do partido, entre eles, o presidente regional, Carlos Bezerra, o assunto foi discutido e a maioria se manifestou a favor da agremiação assumir uma postura de independência em relação ao governo Maggi.