20 prefeituras de MT estão inadimplentes

Cerca de 20 prefeituras de Mato Grosso estão inadimplentes em decorrência de dívida com o processo de municipalização do sistema de água e saneamento. Elas foram negativadas pelo governo do Estado e inscritos no Cadim, impossibilitando de firmarem convênios com o Estado e a União. "A situação está complicada e os prefeitos insatisfeitos", informou um representante da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM).

A insatisfação é maior porque, até o momento, apenas a Prefeitura de Sinop conseguiu um entendimento com a Sanemat e sair do Cadim. Mesmo prefeito Nilson Leitão (PSDB), ser oposição, ele conseguiu, com apoio do deputado Dilceu Dal Bosco (DEM), renegociar a dívida com o Estado. "Não houve nenhum favorecimento", assegurou ontem o governador em exercício, Silval Barbosa (PMDB).

"Sinop fez uma proposta de renegociação, que foi aceita pelo governo". Ele informou que tem um pleito feito pelo prefeito de Colíder, Celso Paulo Bonazescki (PR), resolver o problema da inadimplência do município. "Só tem um jeito: pagando a dívida ou renegociando", enfatizou. Silval Barbosa observou que Colíder deve R$ 80 mil para o Estado, em decorrência da municipalização do sistema de água e saneamento. Para ele, a dívida é pequena e a Prefeitura deveria apresentar uma proposta. Silval Barbosa descartou qualquer possibilidade do governo perdoar ou adiar o pagamento dos débitos. "Essas possibilidades não existem", assegurou. Ele considerou como estranha a posição das prefeituras em não querer renegociar esses débitos que, segundo informou, não são valores grandes.

Enquanto não se chega a um entendimento, as prefeituras continuam negativada e sem poder captar recursos, principalmente, federal. "Tem município que perdeu importantes convênios por estar no Cadim", informou a fonte. O maior problema, segundo ele, é que ninguém resolve o problema e que a resposta sempre a mesma: depende do aval do governador Blairo Maggi.

Silval Barbosa, porém, nega que a renegociação tenha um caráter político. "No governo Maggi, esse tipo de procedimento não existe", destacou, assinalando que o governo está aberto para uma renegociação das dívidas.