CPI terá de consultar Aeronáutica antes de convocar militares

A convocação de militares para a CPI do Apagão Aéreo terá de passar pelo comando da Aeronáutica. A informação foi dada pelo chefe da assessoria parlamentar da Aeronáutica, brigadeiro Átila Maia, ao presidente da comissão, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI).

Maia foi ao gabinete do parlamentar nesta segunda-feira, 7, para informá-lo sobre a hierarquia nas forças armadas e avisá-lo sobre os procedimentos a serem adotados para a convocação dos militares.

"O brigadeiro veio nos subsidiar com informações de que para convocarmos os controladores de vôo seria bom que mandássemos o pedido para o comandante militar da Aeronáutica", disse Marcelo Castro.

O deputado informou ainda que pretende fazer reuniões da CPI três vezes por semana - às terças, quartas e quintas-feiras. Amanhã será realizada a primeira reunião da CPI do Apagão Aéreo. "Acho que vamos votar alguns requerimentos amanhã", disse.

Convocação do ministro

O ministro da Defesa, Waldir Pires, está entre as autoridades que a CPI quer convocar para prestar depoimento. O pedido para ouvir o ministro foi incluído entre os requerimentos da Secretaria da comissão parlamentar de inquérito (CPI).

O autor do requerimento, deputado Geraldo Thadeu (PPS-MG), o havia protocolado no primeiro dia de funcionamento da CPI - 3 de maio -, mas o pedido teve de ser retirado, porque seu texto continha erros. Até agora, a Secretaria da CPI já recebeu 30 requerimentos: 20 só de convocação de depoentes (veja a lista abaixo).

Nesta terça-feira, a comissão tem reunião marcada para as 11 horas, quando deverão ser votados alguns dos requerimentos. Oito dos 30 requerimentos pedem informações e cópias de relatórios e de inquéritos a órgãos do governo ligados ao sistema de controle do tráfego aéreo que investigam o acidente em que dois aviões se chocaram sobre a selva amazônica, em setembro passado, causando a morte de 154 pessoas.