Secretário de Educação, Ságuas Moraes opta por salário de deputado

Deputado licenciado, o secretário de Estado de Educação (PT) afirmou nesta segunda –feira, após tomar posse no cargo, que decidiu receber o salário da Assembléia Legislativa, embora o valor seja cerca de R$ 1 mil a menos que o vencimento de um secretário de Estado, que é de R$ 10,5 mil. “Vai ter aumento, né? Então, é justo, não é?”, disse Moraes, que será substituído amanhã pelo primeiro suplente Alexandre César.

A expectativa de Ságuas Moraes é que a Câmara dos Deputados coloque em votação o projeto que reajusta os salários dos parlamentares dos atuais R$ 12,8 mil para R$ 16.512. O reajuste de 28,05% poderá ser retroativo a fevereiro deste ano --uma vez que regimento da Casa Legislativa permite que o aumento seja retroativo ao início da legislatura (iniciada em 1º de fevereiro). Com a aprovação, o reajuste para os deputados estaduais é automático.

Ságuas Moraes assumiu a pasta com o compromisso de melhorar os resultados obtidos por Mato Grosso nos indicadores nacionais (Saeb, Prova Brasil e Ideb), que medem a qualidade da educação no país. Em discurso durante solenidade de posse, Moraes disse que vai priorizar a realização de concursos públicos, dará continuidade à recuperação da rede física das escolas e aos processos de pensões e aposentadorias.

Trocas – Médico e ex-prefeito de Juína, Moraes substituiu três dos quatro secretários-adjuntos por pessoas ligadas ao PT -- Rosa Almeida (Política Educacional), Antonio Ioris (Planejamento e Execução Financeira) e a ex-deputada Verinha Araújo (Gestão de Pessoas), permanecendo apenas Ezequiel Fonseca, do PP, na secretaria-adjunta de Estrutura Escolar.

Os ex-secretários-adjuntos Iuri Bastos e Osvaldo Sobrinho vão acompanhar o ex-titular da Seduc, Luiz Antonio Pagot (PR), no Departamento de Infra-estrutura de Transportes. Ambos podem ocupar cargos de gabinete. Empossado diretor-geral do Dnit, Pagot também quer levar o secretário de Estado de Infra-estrutura, Vilceu Marchetti, para Brasília (DF).