FPM: AMM teme que presidente Lula recue

O presidente da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM), José Aparecido dos Santos (DEM), advertiu ontem que o presidente Lula poderá ficar desmoralizado, perante a categoria, caso o acordo para o aumento de 1% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) não seja honrado.

A matéria foi retirada da pauta de votação da Câmara dos Deputados por orientação da equipe econômica.

O acordo, firmado no dia 10 de abril com 3 mil prefeitos. durante a X Marcha, deverá injetar mais de R$ 1 bilhão/ano nos mais de 5 mil municípios brasileiros. "Muitos vão usar os recursos para pagarem o 13º salário", observou o presidente da AMM. Por isso, segundo ele, a maioria dos prefeitos, apesar da medida ainda ser tímida, comemorou o acordo.

José Aparecido dos Santos conversou ontem com o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, para "definir uma estratégia emergencial de mobilização". Ele disse que os prefeitos vão cobrar para que o compromisso, assumido pelo presidente Lula, seja cumprido.

"Não vamos aceitar a desculpa que não há dinheiro em caixa para honrar esse compromisso", avisou o dirigente municipalista.

A equipe econômica do governo defende que a medida entre em vigor apenas em dezembro e não imediatamente como prevê o projeto enviado a Câmara dos Deputados.