PSB reafirma apoio ao governo Lula

Depois de seis horas de reunião, a executiva nacional do PSB reafirmou ontem, no Recife, seu total apoio ao governo Lula (PT). O convite do presidente da República para que o ainda ministro da Integração Nacional, Pedro Brito, seja mantido na equipe à frente da secretaria dos Portos, com status de ministério, ajudou na decisão do partido. "O importante não é a quantidade de ministérios ou cargos", afirmou o presidente nacional da legenda e governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

Segundo ele, a executiva nacional quer o apoio e o fortalecimento dos Estados governados pelo partido - Ceará e Rio Grande do Norte, além de Pernambuco - o que inclui benefícios através de projetos do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). "O partido não é o PFL nem o PMDB", afirmou o vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, durante o encontro. Apoiado pelo deputado federal e ex-ministro da Integração, Ciro Gomes, ele reforçou a expectativa de apoio do governo federal para o sucesso das administrações dos três Estados sob o comando do partido. O senador Renato Casagrande (ES) que até ontem reclamava da situação de "desconforto" e "desequilíbrio" da legenda na composição do governo, garantiu que a situação havia se equilibrado diante do convite a Pedro Brito. Também destacou que "o PSB pode contribuir para o desenvolvimento regional", na mesma linha adotada pelos correligionários, referindo-se ao Nordeste. Voz destoante, a governadora do Rio Grande do Norte, Vilma de Faria, que deixou o encontro antes do término devido a compromissos administrativos, foi direta.

"Estou inquieta, o partido não está sendo bem compensado", disse, referindo-se à única pasta do PSB no governo, a da Ciência e Tecnologia. "O partido precisa ser mais ousado", frisou, ao destacar a fidelidade e dedicação do PSB ao governo Lula.