Bolívia recebe ajuda para vítimas de enchentes
O primeiro carregamento de ajuda chegou da Venezuela e do Peru. Argentina e Estados Unidos também já se comprometeram a enviar auxílio aos bolivianos.
Apesar da chegada da ajuda, deslizamentos têm dificultado a evacuação das áreas mais atingidas pelas enchentes. Dengue
Ao fazer um apelo por uma ajuda de US$ 9,2 milhões para a Bolívia, a ONU descreveu as enchentes como o mais devastador desastre da história do país e alertou para a contaminação severa dos suprimentos bolivianos de água e saneamento.
A Cruz Vermelha Internacional disse que mais de 350 mil pessoas foram afetadas pelas enchentes, incluindo populações indígenas pobres em áreas remotas do país.
"Uma das principais dificuldades que estamos enfrentando é ajudar a dar acesso apropriado para os mais esquecidos e as áreas mais atingidas", disse Giorgio Ferrario, diretor da delegação regional da entidade para a América do Sul.
As autoridades dos serviços de saúde já registraram mais de 1,6 mil casos de dengue e 1,4 mil de malária na Bolívia desde o início das inundações.
Culpa
Na sexta-feira, o presidente Evo Morales culpou os países desenvolvidos, que teriam fracassado em lidar com as mudanças climáticas, pelos problemas que a Bolívia enfrenta.
Morales, que costuma fazer críticas aos Estados Unidos, acusou os países ricos de ignorar o Protocolo de Kyoto para o combate ao aquecimento global.
O líder boliviano disse que os países mais pobres são obrigados a suportar o impacto do que ele descreveu como "a busca incontrolável de crescimento industrial por parte dos ricos".
Meteorologistas dizem que o fenômeno El Niño, provocado pelo aquecimento das águas no Pacífico, é o maior responsável pelas inundações.
Em 1997, o El Niño provocou seca em partes da Ásia e da Austrália e fortes chuvas e inundações na América Latina.
Comentários