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Politica Brasil
Quinta - 07 de Dezembro de 2006 às 08:38

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Entre os cinco deputados federais reeleitos em outubro e acusados de envolvimento com a máfia das ambulâncias, os mato-grossenses Pedro Henry (PP) e Welinton Fagundes (PL) tiveram as contas de suas campanhas rejeitadas em uma análise preliminar feita pelos técnicos do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

No caso do pepista, a técnica da Coordenadoria de Controle Interno e Auditoria apontou oito irregularidades, entre elas, omissão de gastos, como os relativos a viagens de avião dentro do Estado. Conforme o parecer, Henry deveria ter declarado uma despesa de R$ 75 mil com deslocamento aéreo, mas informou ter gasto R$ 24 mil.

A reportagem não teve acesso ao parecer conclusivo referente às contas de Fagundes porque o documento já foi encaminhado para análise do Ministério Público Eleitoral.

Os técnicos do TRE também reprovaram as contas apresentadas pelo deputado federal eleito Carlos Bezerra (PMDB), um dos apontados pelo Ministério Público Federal como beneficiário do esquema sanguessuga. Ele não apresentou, conforme o parecer, documentos que comprovassem a locação de imóvel no qual centralizou as atividades da campanha e nem registros das despesas com serviços prestados por duas empresas, além de doações de pessoas físicas e jurídicas que ultrapassaram os limites permitidos pela legislação.

Já entre os candidatos de Mato Grosso envolvidos no episódio dos sanguessugas e não reeleitos, os deputados federais Ricarte de Freitas (PTB) e Celcita Pinheiro (PFL) tiveram as contas aprovadas sem ressalva. Ambos foram classificados como suplentes.

Os pareceres técnicos sobre as contas das campanhas do deputado estadual reeleito José Riva (PP) e da vereadora tucana Chica Nunes (deputada estadual eleita) também recomendam a rejeição, o que impede a diplomação no próximo dia 19.

Chica e Riva são alvos constantes de denúncias de corrupção em Mato Grosso e compõem a chapa encabeçada pelo deputado Sérgio Ricardo (MD) para a eleição da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa, na qual o pepista deve se manter no comando da primeira-secretaria.

Entre os problemas detectados na prestação de contas do deputado Riva está uma divergência entre os números de CPFs e a lista de cabos eleitorais. Outro exemplo de irregularidade é uma empresa doadora de R$ 27 mil cuja sede não funciona no endereço informado.





Fonte: Olhar Direto

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