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Politica Brasil
Quinta - 16 de Novembro de 2006 às 09:46

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São Paulo - Na abertura do pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista valia R$ 2,150, com alta de 0,14%. O mercado de câmbio deve operar de forma cautelosa, na expectativa do anúncio, hoje, dos dados da inflação ao consumidor dos Estados Unidos (CPI). As apreensões em relação ao resultado cresceram desde a divulgação, ontem, da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA). O documento reforçou as preocupações com a trajetória da inflação, embora a taxa ao produtor (PPI), conhecida na terça-feira, tenha revelado recuo do custo de vida em proporção maior do que estimado no país. O CPI pode apresentar-se, então, como desempate para as avaliações dos analistas.

Internamente, o mercado de câmbio segue atento a eventuais medidas que venham a alterar a formação atual das cotações do dólar e ao fluxo de recursos. Desde a semana passada, quando o ministro Mantega e seu secretário-adjunto, Nelson Barbosa, mostraram preocupação com a possível interferência do nível da taxa de câmbio na produção industrial, o mercado aguarda novidades.

A sinalização de Barbosa foi de que as medidas seriam tributárias, no sentido mais de viabilizar a produção do que de mexer no câmbio. Mas alguns no mercado de câmbio criaram expectativas que acabaram frustradas pelo ministro Mantega. Ele afirmou, na segunda-feira, que não haverá medidas de intervenção no câmbio.

Para os que se limitaram a computar eventual alteração na tributação, que venha a ter como conseqüência mudanças na relação entre exportações e importações, mexendo assim no equilíbrio das cotações, a curiosidade continua.

Na terça-feira, o ministro Mantega esteve reunido com o presidente Lula e, ao final do encontro, disse que o presidente quer medidas ousadas e não pretende correr o risco de que o País cresça menos de 5%. Adiantou também que, ainda este ano, serão tomadas medidas para que o crescimento ocorra em 2007.

Segundo Mantega, o presidente teria afirmado também que quer uma reforma tributária ousada. O ministro adiantou que oito medidas para desoneração tributária foram apresentadas ao presidente, mas ele teria achado pouco. Os investidores acompanharão atentos o desenrolar desses fatos.

Também há bastante curiosidade a respeito dos dados oficiais de entradas e saídas de dólares nos primeiros dias de novembro, números que o mercado aguarda para avaliar a intensidade das atuações feitas pelo Banco Central (BC). E hoje está prevista uma prévia dessa variável. No mês passado, o BC atuou mais fortemente e segurou as cotações. A expectativa era de que esse desempenho continuasse, mas há dúvidas sobre o procedimento adotado pela autoridade monetária nos primeiros dias deste mês. (Cristina Canas)





Fonte: Agência de Notícias

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