Rocinha aguarda a urbanização prometida por Cabral
O presidente da União Pró-Melhoramento dos Moradores da Rocinha, William de Oliveira, está otimista: "A comunidade é cheia de valas a céu aberto. Se o governo fizer todo o saneamento, já será uma vitória". Para o diretor cultural da associação, Renê Mello, 30 anos, o projeto não resolverá sozinho os problemas da comunidade. "Precisamos de oportunidades. Vamos pedir ao novo governador duas escolas técnicas na comunidade".
Sérgio Cabral também deu boa notícia para outras regiões carentes. "É o fim do mundo morador da Baixada e de São Gonçalo não ter, a esta altura do campeonato, água de qualidade e esgoto tratado", disse ele, ao prometer modernizar a Cedae e obter recursos para investir na melhoria do serviço.
Anderson da Silva, 20, carrega água do Jardim Ana Clara, onde mora em Duque de Caxias, até um cano próximo à Reduc. "A Cedae não coloca água lá porque não quer. Falta vontade de tirar a gente do sufoco", reclamou Anderson, que transporta dez galões por viagem.
Reforço no policiamento na capital
O governador eleito Sérgio Cabral quer adotar turno especial para o policiamento nos bairros do Rio mais afetados pela violência. Haverá reforço de efetivo entre as 18h e as 24h. Cabral citou como bairros mais vulneráveis Tijuca, Méier, Madureira e Penha. "É questão fundamental. É a hora que temos menor oferta", assinala.
Moradores da Tijuca gostaram. O aposentado Antônio Pinto, 71, contou que, da janela de seu apartamento, costuma ver assaltos na Praça Saens Peña. Segundo o comandante do 6º BPM (Tijuca), Álvaro Garcia, a medida passou a ser adotada semana passada e o número de roubo de carro caiu para apenas um por dia. Domingo, devido à eleição, não houve turno especial. Resultado: ocorreram sete assaltos.
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