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Politica Brasil
Terça - 17 de Outubro de 2006 às 14:17

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O procurador da República no Mato Grosso, Mário Lúcio Avelar, pediu à Justiça Federal a quebra do sigilo bancário de Freud Godoy --ex-assessor da Secretaria Particular da Presidência da República. Ele também pediu a quebra do sigilo bancário de Gedimar Passos, ex-agente da Polícia Federal preso com Valdebran Padilha num hotel de São Paulo com R$ 1,7 milhão. A PF suspeita que o dinheiro seria usado por integrantes do PT para pagar o dossiê contra políticos tucanos.

Gedimar trabalhava no núcleo de inteligência do PT, que foi desativado depois da crise deflagrada pela tentativa de compra do dossiê.

Avelar também pediu os registros de todas as operações de compra e venda de ações. Segundo ele, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) possui todos os registros de operações feitas em Bolsas de Valores.

Avelar quer apurar uma informação veiculada pela imprensa de que Freud teria sacado R$ 150 mil em dinheiro em setembro deste ano por meio da empresa Caso. Também surgiram rumores que o investidor Naji Nahas teria feito um crédito em favor do ex-assessor da Presidência no valor de R$ 396 mil.

Freud teve seu nome envolvido na negociação para pagar R$ 1,7 milhão por um dossiê contra o governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), então candidato.

Quem fez a referência a Freud foi o agente de Polícia Federal aposentado Gedimar Passos. Avelar também pediu a quebra do sigilo bancário de Gedimar.

Em depoimento à PF, Gedimar disse inicialmente que o ex-assessor da Presidência participou da entrega do dinheiro, que acabou sendo apreendido pela PF no dia 15 de setembro, no hotel Ibis, em São Paulo. Freud deixou o cargo na Presidência tão logo seu nome foi envolvido no caso.

Em seu primeiro depoimento, Gedimar colaborou com as informações, apesar de parcialmente truncadas. Posteriormente, passou a dizer que voltaria a se pronunciar sobre caso somente em juízo. Nega-se até a discutir o assunto com colegas da PF, que têm insistido para que ele colabore.

Ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que conduz um procedimento relativo às implicações eleitorais da negociação do dossiê, os advogados de Gedimar informaram que ele apontou o nome de Freud em seu primeiro depoimento à PF porque foi coagido. Ao recuar, tentava retirar a única referência a Freud que foi feita até agora na investigação do caso.

Em Cuiabá, a PF segue o cruzamento de dados relacionados à quebra de sigilos telefônicos dos envolvidos e às operações financeiras por meio das quais teriam circulado os dólares e reais que seriam utilizados no negócio.





Fonte: 24HorasNews

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