Vereador ataca: "Caos da saúde em Cuiabá é responsabilidade do prefeito"

O vereador Lúdio Cabral (PT) classificou como "dilúvio de inverdades" as declarações dadas pelo prefeito Wilson Santos no programa Terceiro Mundo da TV Gazeta, canal 10, nesta terça-feira (10.10). Na entrevista em que predominou a defesa da campanha do Alckmin, o prefeito transferiu a responsabilidade pelos problemas da saúde de Cuiabá ao governo federal e ao governo do estado e quando questionado sobre o levantamento feito pelo vereador Lúdio no portal Data SUS que comprovam o aumento das transferências federais automáticas ao SUS do município, Wilson negou os números.

"O prefeito depois de falar pelos cotovelos, prometer mundos e fundos a população de Cuiabá agora se esconde atrás de um dilúvio de inverdades para esconder seu despreparo", critica Cabral.

Segundo Lúdio, os dados disponibilizados publicamente no portal DataSus do Ministério da Saúde apontam para um aumento nos valores das transferências automáticas do governo federal para saúde de Cuiabá de 55 milhões em 2002 para 80 milhões em 2006. Nos últimos três anos já foram transferidos mais de 251 milhões de reais para município. Os dados indicam um aumento de 45% no volume mensal de recursos repassados para saúde de Cuiabá.

"O prefeito não tem como contestar esses dados, a realidade não pode ser mascarada. E o fato é que o quadro atual de falta de medicamentos e insumos básicos no SUS de Cuiabá, o caos no Pronto Socorro municipal e nas outras unidades é responsabilidade do prefeito", dispara Lúdio.

O vereador afirmou que fora os repasses mensais automáticos, o governo federal garantiu a Cuiabá 8 milhões de reais por meio do Programa Qualisus para serem aplicados nas urgências e emergências com a ampliação e reestruturação do Pronto Socorro e a conversão de policlínicas em pronto socorros. Além disso, Lúdio lembrou o convênio assinado no ano passado entre a prefeitura e o Ministério da Saúde no valor de 3,5 milhões de reais do Proesf (Programa de Expansão de Saúde da Família). "A prefeitura precisava cumprir metas e expandir o PSF e não fez já que até hoje só duas novas equipes foram criadas", afirma Cabral.