CPMI e MPF devem pedir quebras de sigilos bancários e fiscais dos envolvidos no “dossiêgate”

A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos Sanguessugas e o Ministério Público Federal (MPF) devem pedir as quebras de sigilos bancários e fiscais dos envolvidos no episódio do “dossiê antitucano”.

A informação é dos deputados federais Vanessa Grazziotin (PC do B/ AM) e Júlio Delgado (PSB/ MG), após se reunirem com o procurador da República em Mato Grosso, Mário Lúcio Avelar, nesta segunda-feira, em Cuiabá. Segundo a Polícia Federal, a Justiça já autorizou a quebra de mais de 500 sigilos telefônicos.

“Vamos pedir os sigilos bancários e até fiscais de empresas e das pessoas já ouvidas”, disse Delgado, referindo-se ao que chamou de “sete cavalheiros” – Freud Godoy (ex-assessor especial da Presidência da República), Gedimar Passos (advogado e ex-policial), Oswaldo Bargas (ex-secretário no Ministério do Trabalho e coordenador de programa de governo da campanha de reeleição de Lula), Expedito Veloso (ex-diretor do Banco do Brasil), Valdebran Padilha (lobista e empreiteiro), Hamilton Lacerda (ex-coordenador da campanha de comunicação do senador Aloisio Mercadante ao governo de São Paulo) e Abel Pereira (empresário ligado ao ex-ministro da Saúde, o tucano Barjas Negri).

Segundo a deputada Vanessa, "Avelar não deu palpite sobre o andamento das investigações", resumindo-se apenas a dizer que a origem de parte do dinheiro que seria utilizado para a compra do dossiê é ilícita. "Ele disse que não está acompanhando tão de perto", complementou Vanessa.