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Politica Brasil
Sábado - 07 de Outubro de 2006 às 20:16

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O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, criticou na manhã deste sábado a estrutura do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que concorre à reeleição pelo PT. Segundo ele, o petista privilegia sua "patota", o que leva à "ineficiência" e à "corrupção".

O tucano afirmou ainda que, se eleito, vai diminuir o número de ministérios para acabar com o que ele classificou de "aparelhamento do Estado" --a indicação militantes do PT e de deputados do partido ou aliados para cargos públicos.

"Eu não vou aparelhar o Estado porque governo não é patota, não é para os amigos. Esse aparelhamento leva, num primeiro momento, à ineficiência. E, num segundo, à corrupção", afirmou o tucano após visita ao município de São Vicente.

Debate

Apesar de ter elevado o tom das críticas a Lula, sobretudo na questão dos escândalos de corrupção, Alckmin não quis responder se vai levar para o debate deste domingo na Band, o primeiro do segundo turno, o tema da crise do dossiê.

"A nossa campanha vai ser propositiva. Mostrar para o eleitor que o Brasil pode ir melhor, sob o ponto de vista ético, sob o ponto de vista da eficiência. Agora, é dever de todo brasileiro combater a corrupção. Nós não podemos achar que essas coisas são normais", disse.

Após a insistência dos jornalistas sobre o assunto do dossiê, o tucano se limitou a afirmar que é preciso descobrir a origem do dinheiro. Mais uma vez, ele se posicionou como porta-voz da vontade popular, mas não deixou claro se vai explorar o tema no debate.

"O que a população toda está esperando é a verdade. De quem é o dinheiro? Por que não aparece o dono do dinheiro? O dono das contas? O dono do dólar? Primeiro estava escondendo [a origem do dinheiro] para o primeiro turno. Esperaram acabar o primeiro turno. E agora, vão esperar acabar a eleição?", questionou com ironia.

Datafolha

Alckmin tentou minimizar o resultado da pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira. Pela enquete, Lula tem 50% das intenções de voto contra 43% do tucano.

Para ele, a confiança em sua proposta vem "crescendo", por isso ele considerou "ótima" a pesquisa, apesar dela apontar sua derrota.

"A pesquisa mostra uma diferença pequena. No primeiro turno, cheguei a ter mais de 20 pontos percentuais entre eu e meu principal adversário [Lula]. Acho que a eleição já está caminhando para um empate", afirmou.





Fonte: Folha Online

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