Preso, Valdebran pediu ajuda ao Ex- Diretor do BB
Subscrito por peritos do Instituto Nacional de Criminalística (INC) da PF, o documento revela detalhes da ação da quadrilha em São Paulo. Para a PF, a intensa comunicação com Valdebran mostra o grau de envolvimento de Expedito no esquema. Contatos captados foram todos por mensagem de texto.
Ex-diretor de Gestão de Riscos do Banco do Brasil, cargo que perdeu com o desmantelamento da quadrilha, Expedito empenhou-se pessoalmente na ação, que custou R$ 1, 75 milhão e a queda da cúpula do PT.
Os contatos entre os dois tiveram início em 13 de setembro, dois dias antes de Valdebran e Gedimar Passos, outro petista, serem pegos no Hotel Íbis, em São Paulo, com o dinheiro cuja origem ainda é mistério.
Um contato, às 11h07 do dia 13, partiu de Expedito para o celular de Valdebran e faz citação a um certo Abel, que para a PF seria o empresário Abel Pereira, ligado ao ex-ministro da Saúde Barjas Negri (governo Fernando Henrique Cardoso), sucessor de Serra na pasta. "Chegou informação de que estão negociando o silêncio com o Abel, estamos pensando em plano B", anotou o ex-diretor do banco.
O 15º contato, às 13h37 do mesmo dia 13, também partiu de Expedito. Ele escreveu para Valdebran e revelou preocupação com o vazamento da operação: "Reunião 14 horas, ideal apenas o Luiz Antônio (Vedoin), senão problemas." Na comunicação 18, às 9h28 do dia 14, quinta-feira, Expedito informa a Valdebran: "Estamos em frente ao hotel esperando. Os caras não apareceram."
Quando pede ajuda ao ex-diretor do BB, na madrugada de sexta, o empreiteiro petista já está preso na sede da PF em São Paulo.
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