Lula: adversários não entendem o fenômeno da política nacional

O presidente e candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez comício para cerca de cinco mil pessoas, segundo informação da organização, no começo da tarde desse sábado no centro de Criciúma, sul de Santa Catarina. No evento, ele afirmou que os adversários não estão entendendo o "fenômeno que está acontecendo na política nacional". "Eles imaginaram que tinham nos massacrado com infâmias, com calúnias", atacou.

Em referência ao escândalo do mensalão, o petista continuou: "Houve até quem disse que era ¿preciso fazer o presidente Lula sangrar até a morte¿. Só que eles não sabem que já tinham inventado a transfusão de sangue. Eu, quando achei que estava combalido, quando achei que tinha perdido quase todo o meu sangue, fui humildemente pedir uma gota do sangue do povo brasileiro", afirmou.

No começo do discurso, Lula disse que ia fazer um comício sem falar mal de ninguém. "Não citarei prefeito, não citarei governador, os meus adversários, quem escreveu carta ou não escreveu". Antes, Ideli Salvati, senadora catarinense e coordenadora da campanha de Lula no Estado, já havia respondido a "Carta aos eleitores do PSDB", publicada no site dos tucanos pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

"Aquela carta é o atestado da derrota (da oposição). Já jogaram a toalha". Citando trechos da carta, Ideli disse que "o próprio Fernando Henrique reconhece o Eduardo Azeredo com todas as digitais no valerioduto". Na carta, FHC reconhece a condescendência do PSDB com o ex-governador de Minas Gerais, acusado de fazer caixa 2 com dinheiro do publicitário Marcos Valério.

Além de Ideli, participaram do comício candidatos às eleições proporcionais e ao governo de Santa Catarina, José Fritsch, e ao Senado, Luci Choinacki. Os ministros Tarso Genro, da coordenação política, Dilma Rousseff, da Casa Civil, e Altemir Gregolin, da Pesca.