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Politica Brasil
Quinta - 06 de Julho de 2006 às 07:51

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Dos oito deputados federais mato-grossenses, Carlos Abicalil (PT), Thelma de Oliveira (PSDB), Teté Bezerra (PMDB) e a suplente Thaís Barbosa (PMDB) recebem auxílio moradia no valor de R$ 2.900. Outros quatro, Pedro Henry (PP), Ricarte de Freitas (PTB), Welinton Fagundes (PL) e Lino Rossi (PP, licenciado), moram em apartamentos funcionais em Brasília.

A deputada Celcita Pinheiro (PFL) mora em apartamento próprio e, segundo a assessoria, também não recebe auxílio-moradia. Mas o nome de Celcita não aparece na lista dos que abdicaram de ambos os benefícios -- ocupar apartamentos funcionais e receber auxílio-moradia --, conforme o site congressoemfoco. A deputada não foi localizada ontem para falar sobre o assunto.

O dinheiro gasto com a moradia dos deputados federais é um assunto complexo e polêmico. Por ano, segundo levantamento do site, são R$ 19 milhões aplicados para custear a moradia dos parlamentares em Brasília. A Câmara dos Deputados tem 432 apartamentos funcionais, 217 estão abandonados, a Casa paga auxílio moradia a 295 parlamentares.

“Desde que eu entrei na Câmara, a Mesa fala em reduzir o tamanho dos apartamentos, acho que seria mais adequado”, comentou ontem Carlos Abicalil. Como já morava em Brasília quando foi eleito, Abicalil decidiu continuar no apartamento alugado, que é pago com o dinheiro do auxílio-moradia.

O deputado classificou como “lamentável” a situação de Rogério Silva. Pedro Henry se mostrou surpreso em saber que seu colega de partido, ex-deputado que perdeu o mandato, ainda ocupava um apartamento funcional em Brasília.

“Ele tem uma fazenda na periferia de Brasília”, comenta Henry, que já foi convidado para ir ao local mas disse que não conseguiu conciliar as datas. Em onze anos de residência na Capital Federal, Henry mora no mesmo apartamento funcional, na Asa Sul.

Teté Bezerra (PMDB), suplente de Rogério Silva, não quis se manifestar sobre o posicionamento do colega. Teté também preferiu não entrar na polêmica quanto aos gastos da Câmara com moradia dos deputados.

Uma defensora do auxílio-moradia é a deputada Thelma de Oliveira (PSDB). “É muito complicado atender às características de cada parlamentar, a verba atende melhor essa diversidade dentro da Câmara”. Além de ter um mercado imobiliário considerado caro e como a permanência em Brasília em princípio é temporária, nem todos se interessam por investir na compra de um imóvel.

Além dos apartamentos serem muito grandes, geralmente os problemas de infra-estrutura consequentemente aumentam, também faltam imóveis para atender toda a bancada da Câmara. (AM)





Fonte: Diario de Cuiabá

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